COMPREENDENDO A MORFOLOGIA DA FLOR DE BAUHINIA FORFICATA (FABACEAE)
Palavras-chave:
Ensino de Ciências. Ensino de Botânica. Aula prática.Resumo
O presente trabalho objetiva relatar uma aula teórica/prática sobre a dissecação da flor de Bauhinia forticata (Fabaceae), popularmente conhecida como pata-de-vaca, com a turma do 7º Ano do Ensino Fundamental, na disciplina de Ciências, da Escola Estadual de Educação Básica Eugênio Frantz, por meio do Programa de Iniciação a Docência (PIBID Ciências Biológicas) e Programa de Educação Tutorial (PETCiências), da Universidade Federal da Fronteira Sul (UFFS), Campus Cerro Largo – RS. A realização desta atividade prática teve como objetivo conhecer, bem como identificar as estruturas das flores de B. forficata no intuito de compreender a sua estrutura morfológica. Para iniciar a aula teórica/prática, explicamos a função da flor como o órgão exclusivo e responsável na reprodução do grupo das angiospermas. Após, distribuímos lâminas de barbear, cortadas ao meio, para que os alunos pudessem separar cuidadosamente as flores em partes, iniciando pelas estruturas mais externas, sendo estas: o pedúnculo, o receptáculo, as sépalas e as pétalas, para as mais internas, sendo: os estames e o carpelo. Na medida em que as partes da flor eram separadas, auxiliávamos os alunos na identificação das mesmas, resgatando a significação de cada terminologia botânica, usadas na nominação dos verticilos de proteção e reprodução da flor pata-de-vaca. Para isso, utilizamos o diálogo no intuito de construir uma aprendizagem construtiva e significativa. Após, para concluir a atividade, solicitamos aos alunos que escrevessem e entregassem como forma de relatório o que haviam aprendido com esta aula. O Aluno 02 (A2) mencionou que “[...] eu aprendi a identificar as estruturas da flor pata-de-vaca, planta que tenho no passeio de minha casa.” Já, o Aluno 06 (A6) afirmou que “ [...] as pétalas da pata-de-vaca são brancas e as sépalas verdes [...].” Enquanto isso, a Aluna 07 (A7) concluiu que “[...] as pétalas da pata-de-vaca são livres [...], aprendi com os bolsistas que esta é dialipétala.” Percebemos através da realização da aula teórica/prática, a tamanha importância da experimentação como ferramenta didática no processo de ensino-aprendizagem, visto que esta desenvolve no aluno a autonomia para construir o seu próprio saber, através da manipulação de materiais usuais, propiciando um esforço reflexivo, investigativo e crítico. Nesse sentido, o professor de Ciências precisa mediar todo processo construtivo, com questionamentos pertinentes para que a aprendizagem ocorra. Com os excertos dos alunos, constatamos que houve apropriação conceitual, fato presente no reconhecimento da planta que se encontra como ornamental no passeio de sua casa (A2), uso da diferenciação das cores das pétalas e sépalas (A6) e observação das pétalas livres (A7).Downloads
Publicado
30-11-2017
Edição
Seção
Campus Cerro Largo - Projetos de Ensino
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