FREQUÊNCIA DE ATIVIDADE FÍSICA E SINTOMAS DE DEPRESSÃO EM MULHERES CLIMATÉRICAS DO SUDOESTE DO PARANÁ
Palavras-chave:
Sedentarismo. Depressão. Climatério.Resumo
No período do climatério, fase em que há a redução dos hormôniosovarianos, é comum a ocorrência de alterações psicológicas, em especial ossintomas de depressão, os quais afetam as atividades diárias e a qualidade de vidadas mulheres. Várias terapêuticas podem ser utilizadas no tratamento da depressão,de modo que estudos têm demonstrado que a prática regular de atividade física atuapositivamente no tratamento da doença, através da liberação deneurotransmissores, os quais são capazes de gerar sensação de prazer e equilíbriopsicossocial. Diante disso, o presente estudo teve como objetivo avaliar a frequênciade atividade física e de sintomas de depressão em mulheres climatéricas doSudoeste do Paraná. Foram avaliadas 104 mulheres, com idade entre 40 a 65 anos,residentes em três cidades do Sudoeste do Paraná, as quais procuraramatendimento ginecológico ou nutricional nas Unidades Básicas de Saúde (UBS).Realizou-se a aplicação de duas entrevistas, sendo que a primeira investigouinformações sociodemográficas e clínicas, como: idade, características do ciclomenstrual, histórico pregresso de depressão, utilização de medicamentosantidepressivos e prática de atividade física; já a segunda entrevista aplicada foi aEscala de Rastreamento Populacional para Depressão (Center for EpidemiologicalStudies Depression Scale – CES-D), que avaliou a presença de sintomas dedepressão, sendo considerado o nível de corte >12 pontos como indicativo desintomas de depressão e >15 pontos como indicativo de sintomas significativos dedepressão. Quanto à prática de atividade física, foram consideradas sedentárias as mulheres que não praticavam atividade física no tempo livre e não realizavamesforços físicos moderados ou intensos no trabalho ou no lar; pouco ativas aquelasque não atingiram a recomendação de 150 minutos de atividade física deintensidade moderada durante a semana; e ativas aquelas que atingiram arecomendação semanal. A pesquisa foi aprovada pelo Comitê de Ética em Pesquisa(CEP) da Universidade Federal da Fronteira Sul – UFFS, com aprovação sob oCAAE Nº 48152115.1.0000.5564. A média de idade apresentada pelas participantesda pesquisa foi de 52,9±5,86 anos. Com relação aos sintomas depressivos, 64,4%(n=67) não apresentavam sintomas de depressão e 35,6% (n=37) apresentamsintomas e sintomas significativos de depressão. Das mulheres que nãoapresentavam sintomas, 38,8% (n=26) foram classificadas como sedentárias, 32,8%(n=22) como pouco ativas e 28,4% (n=19) como ativas; já dentre as mulheres queapresentaram algum grau de sintomatologia de depressão, 62,2% (n=23) foramclassificadas como sedentárias, 8,1% (n=3) como pouco ativas e 29,7% (n=11)como ativas. Pode-se observar que a frequência de sedentarismo foi maior nasmulheres que apresentaram sintomas ou sintomas significativos de depressão.Sendo assim, torna-se necessário o desenvolvimento de novos estudos capazes dedemonstrar a importância da prática regular de atividade física na melhoria dossintomas de depressão, a fim de favorecer a qualidade de vida das mulheres, emespecial as que encontram-se no período do climatério.Downloads
Publicado
30-11-2017
Edição
Seção
Campus Realeza - Projetos de Pesquisa
Licença
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