PANORAMA DA OBESIDADE INFANTIL NO BRASIL E NO MUNDO

Autores

  • Adelmir Fiabani Universidade Federal da Fronteira Sul - Passo Fundo
  • Jeniffer Charlene Silva Dalazen Universidade Federal da Fronteira Sul - Passo Fundo
  • Fernanda Fiqueiredo Casaes Universidade Federal da Fronteira Sul - Passo Fundo
  • Nathalia Luvision Universidade Federal da Fronteira Sul - Passo Fundo
  • Tatiana Carvalho Wibbelt Universidade Federal da Fronteira Sul - Passo Fundo

Palavras-chave:

Obesidade infantil. Saúde Pública. Sociedade. Educação. Prevenção.

Resumo

O Brasil, assim como outros países em desenvolvimento, passa por período de transição epidemiológica, caracterizada por uma mudança no perfil dos problemas relacionados à saúde pública, Há um predomínio das doenças crônico-degenerativas, acompanhadas de modificações demográficas e nutricionais, com a desnutrição sendo reduzida a índices cada vez menores e a obesidade atingindo proporções epidêmicas. A obesidade hoje é um problema de saúde pública, doença crônica de etiologia multifatorial, além de aumentar os riscos de doenças associadas, sobrecarrega o sistema de saúde em função do maior atendimento às doenças crônicas decorrentes da obesidade. O aumento da prevalência da obesidade infantil está ligado, na maioria dos casos, ao fenômeno do mundo globalizado, que acompanhou as transformações socioeconômicas nos costumes do homem, diminuição de atividade física, alimentação inadequada e o avanço tecnológico de aparelhos modernos que aumentou o sedentarismo. O objetivo deste trabalho apresentado no componente curricular Meio Ambiente, Economia e Sociedade é caracterizar o panorama da obesidade infantil no Brasil e no mundo, identificando as principais causas e consequências deste fenômeno, diagnóstico, prevenção e tratamento. Para alcançar este objetivo, revisamos a literatura especializada, sobretudo, artigos científicos publicados no banco de dados do scielo, domínio comum e Ministério da Saúde a partir das fontes Medline. A obesidade infantil apresentou alarmante aumento nas últimas três décadas e tornou-se grande problema de saúde pública. A estimativa mundial é de que exista, atualmente, 155 milhões de crianças com excesso de peso (sobrepeso/obesidade). Os países industrializados são os que apresentam a mais alta prevalência de obesidade infantil. Suas causas podem ser pela associação de fatores genéticos, ambientais e comportamentais. Segundo a OMS (Organização Mundial de Saúde) um terço das crianças entre 6 a 9 anos estão obesas, e 2,8 milhões de pessoas morreram em 2013, decorrente das complicações do excesso de peso. De acordo com o Ministério da Saúde, no Brasil, uma a cada três crianças apresentam excesso de peso. O diagnóstico de obesidade é clínico, baseia-se na história clínica e nutricional (quantitativa e qualitativa), no exame físico detalhado, que busca sinais relacionados a distúrbios nutricionais, e em dados antropométricos. Concluímos que para combater essa epidemia será necessário um programa que objetive a prevenção e o tratamento da obesidade infantil, por meio de uma abordagem multidisciplinar que envolva diferentes setores da sociedade, cabendo ao Estado assumir a liderança das ações. Não bastam medidas de cunho midiático, mas atitudes  eficazes em todas as esferas contra o problema. A família e o Estado são responsáveis pelo desenvolvimento integral da criança, neste caso a prevenção é mais salutar do que tratar na fase posterior.

Biografia do Autor

  • Adelmir Fiabani, Universidade Federal da Fronteira Sul - Passo Fundo
    Professor Adjunto da Universidade Federal da Fronteira Sul, doutor em História pela Universidade do Vale do Rio dos Sinos - RS, autor de Mato, palhoça e pilão: o quilombo, da escravidão às comunidades remanescentes. [1532-2008]; Os novos quilombos: luta pela terra e afirmação étnica no Brasil. [1988-2008]. Pesquisador sobre a temática escravidão, quilombos, comunidades negras e relações étnico-raciais.

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Publicado

30-11-2017

Edição

Seção

Campus Passo Fundo - Projetos de Ensino