EDUCAR PARA AS RELAÇÕES ÉTNICO-RACIAIS: ATIVIDADES TEÓRICAS E PRÁTICAS REFERENTES À LEI 10.639/03

Resumo

O projeto de extensão "Educar para as Relações Étnico-Raciais: atividades teóricas e práticas referentes à Lei 10.639/03", demanda contínua, foi aprovado em 2017, e terá duração de 24 meses. Visa auxiliar os professores da Educação Básica a aplicar a referida lei nas escolas. Serão oferecidos cursos de curta duração (8h) e oficinas de acordo com as necessidades dos docentes. Também serão proferidas palestras aos estudantes sobre os temas relacionados à História da África, do negro e cultura afrobrasileira nas escolas. Em relação aos acadêmicos da Universidade Federal da Fronteira Sul - Campus Passo Fundo, serão covidados alunos que desejarem auxiliar de forma voluntária em todas as etapas do projeto (rodas de conversa, grupos de estudo, grupos de apoio nos cursos e oficinas). A participação dos acadêmicos tem por objetivo ampliar seus conhecimentos e inserí-los no debate sobre esta temática. O Curso de Medicina forma profissionais que interagem com a população em geral, sendo esta temática importante para as relações com seus pares e com o público que necessita do seu atendimento. O racismo e o preconceito acompanham a história do Brasil e se manifestam de diferentes formas. Nas últimas duas décadas, conquistamos direitos que foram incorporados ao currículo das escolas, resultado da luta dos movimentos sociais, inicidas no século passado. Um exemplo é a Lei 10.639/03, que veio para corrigir um erro histórico no sistema de ensino deste país, que foi a omissão da história e cultura afrobrasileira dos currículos das escolas. Muitos professores formaram-se no período anterior a 2003, e não tiveram oportunidade de aprofundar temas que hoje são imprescindíveis no debate contemporâneo, como relações étnico-raciais. Faz-se necessária formação continuada para reavaliar a prática docente. Neste sentido, este projeto visa ofertar conteúdos sobre História da África, do negro, cultura afrobrasileira, religiosidade africana, racismo e preconceito. Em 2015/16, este mesmo projeto foi aplicado na região da UFFS Campus Cerro Largo, onde atuamos em dezesseis municípios, com resultados positivos.