A COMUNICAÇÃO COMO ESTRATÉGIA MOBILIZADORA NO VER-SUS OESTE CATARINENSE: DESAFIOS PARA VINCULAÇÃO AO PROJETO E RESSIGNIFICAÇÃO SOBRE O SUS
Palavras-chave:
Extensão Universitária, Ensino de GraduaçãoResumo
Na perspectiva da sua abrangência nacional, o projeto Vivências e Estágios na Realidade do Sistema Único de Saúde (VER-SUS) é idealizado a partir do movimento estudantil e da construção da sua imagem pelo interesse do público. Partindo do pressuposto que a comunicação é a troca de mensagens entre duas ou mais pessoas, passamos a vê-la como um canal de propagação das informações e disseminação a partir dos seus consumidores. A grande revolução da comunicação é o boom da era digital, ou seja, um modelo de comunicação sem fronteiras e limites. As informações estão mais acessíveis e com maior rapidez. É a partir desse panorama que o VER-SUS Oeste Catarinense têm se disseminado em diversas realidades alçando os mais variados públicos. Esse trabalho tem como objetivo geral relatar quais as estratégias de informação e comunicação e o sentido da mobilização adotadas no VER-SUS Oeste Catarinense, 5a Edição – Inverno 2016. Do ponto de vista da área de comunicação como campo complexo de saberes, a Comissão Organizadora planeja o VER-SUS considerando sua relação direta com a comunicação e os meios que ela pode ser reproduzida a partir da Teoria Funcionalista de Harold Lasswell. Ou seja, independente do meio que os(as) participantes tenham contato (dentre as diversas frentes de divulgação utilizadas pela Comissão: online, radiofônico, televisivo ou contato físico) a comunicação ocorrerá e despertará o interesse em serem sujeitos nesse projeto. Um avanço utilizado pelo VER-SUS Oeste Catarinense na era digital foi a popularização das redes sociais, que além de ter facilitado o contato com a informação, têm sido instrumento potencializador da propagação do projeto. Ao longo das vivências em imersão total, entende-se que comunicar também pode ser compreendido como o ato de compartilhar. É na transmissão de palavras, gestos ou formas que os(as) participantes tecem uma teia de comunicação em escala humana. A forma de diálogo entre os(as) participantes durante os dias de imersão é resultante da interatividade e da construção que ocorreu pré-projeto, ou seja, é a idealização da mensagem transmitida a partir dos meios de comunicação ao determinado público. Um dos desafios pulsantes desde a primeira edição do projeto, que perpassa pela atual, diz respeito aos rótulos arraigados midiaticamente sobre o SUS, os quais impactam inclusive nas percepções acríticas que os(as) viventes trazem para as visitas nos serviços locais – a imagem tendenciosa de um sistema genericamente falido e “para pobres”. Esse rótulo, amplamente massificado no senso comum por grupos midiáticos hegemônicos no país, é problematizado a todo tempo no período de imersão, para que os sujeitos possam levar pra sua formação e futura prática profissional, argumentos críticos (independente do seu parecer pessoal sobre determinada situação) e respaldados de fato nos princípios constitucionais do SUS, bem como na realidade social oportunizada pelas vivências. Por conseguinte, as ferramentas de comunicação e o sentido dialógico e participativo de seu uso no VER-SUS Oeste Catarinense foram decisivas para consolidá-lo como um projeto semestral e ininterrupto, iniciando rupturas midiáticas para se enxergar o SUS muito além de suas fragilidades.
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