ANTROPOLOGIA E MOBILIDADE URBANA: CONSTRUÇÃO DE UM OLHAR SOBRE A CIDADE
Palavras-chave:
Antropologia Urbana, Etnografia, Direito à cidade, Mobilidade urbanaResumo
Neste trabalho fazemos uma breve revisão bibliográfica acerca da emergência da cidade como um objeto de reflexão da Antropologia contemporânea, identificando as principais transformações e a pluralidade de temas de pesquisa que fundamentam a construção de um campo próprio da Antropologia Urbana. Em seguida a este apanhado histórico-teórico, apresentamos uma discussão sobre as metodologias e as técnicas de produção e interpretação etnográfica de dados sobre as cidades à luz dos conceitos que moldam o “olhar de perto e de dentro” proposto por José Guilherme Magnani e a proposta de “estranhar o familiar” de Gilberto Velho, ambos autores estruturantes do campo da Antropologia Urbana no Brasil. Por fim, buscamos avaliar possibilidades de análise antropológica no e do espaço urbano incorporando as perspectivas fundamentadas nas teorias sobre o direito à cidade de Henri Lefebvre e presente nas discussões de David Harvey. O objetivo deste trabalho é o de fundamentar um estudo sobre a mobilidade urbana na zona sul da cidade de São Paulo (SP) por meio de uma etnografia das transformações da paisagem urbana ao longo da Estrada do M. Boi Mirim vistas desde o trajeto percorrido por uma linha de ônibus que liga os bairros Jardim Ângela e Pinheiros. Através da análise das perspectivas de diferentes atores sociais ligados a este contexto – usuários e trabalhadores da linha de ônibus, trabalhadores e moradores de diferentes pontos do trajeto, gestores de serviços e de políticas de transporte público – a respeito do acesso e do direito à cidade, buscamos problematizar a classificação de determinados contextos como periféricos ou centrais e os significados atribuídos ao processo de transição entre eles.
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