O VER-SUS OESTE CATARINENSE E O DEBATE SOBRE AS PESSOAS COM DEFICIÊNCIAS: SEMEANDO A FORMAÇÃO ÉTICA, HUMANÍSTICA E POLÍTICA DE CIDADÃOS(ÃS) QUE ENFRENTEM (SEUS) PRECONCEITOS

Autores

  • Angélica Zanettini UFFS- Universidade Federal Fronteira Sul
  • Ariane Sabina Stieven UFFS
  • Andressa Trizotto Unochapecó
  • Adriana Carolina Bauermann Unochapecó
  • Fabíola Feltrin UFFS
  • Claudio Claudino Da Silva Filho UFFS/UFSC

Palavras-chave:

Pessoas com deficiências, Formação profissional em saúde, Sistema Único de Saúde, Preconceito, Acesso aos serviços de saúde.

Resumo

O Versus Oeste Catarinense 5ª edição ocorreu no município de Chapecó nos dias 15 a 22 de julho, possibilitando e oportunizando a participação de vários acadêmicos de estados e graduações distintas, com o intuito de instigar a troca de experiência e saberes em alguns espaços de saúde, além de debates sobra o tema central da edição: “Política, Cidadania e Cultura: respeito às diversidades”. Este projeto é organizado pelas instituições de ensino superior, UDESC, UFFS e UNOCHAPECÓ, desenvolvido por acadêmicos e professores que buscam um Sistema Único de Saúde (SUS) de qualidade e efetivo para todos. Este trabalho tem como objetivo relatar a experiência de acadêmicos, sobre a vivência em algumas instituições de saúde que atendem as pessoas com alguma deficiência, sejam elas, mentais, físicas, cognitivas ou audiovisuais. Para operacionalização metodológica do projeto, os participantes selecionados por chamada pública pela primeira vez neste projeto são chamados de viventes, os quais são separados em pequenos grupos necessariamente multidisciplinares, com integrantes de diferentes cursos e universidades, para assim haver uma troca de saberes sobre temas de relevância para formação em saúde e para o SUS, a partir de diferentes pontos de vista de acordo com as futuras áreas de atuação de cada integrante do grupo. As vivências foram realizadas em locais como: Apae, Adevosc, Unidade Básica de Saúde e Ambulatório de Feridas Crônicas, buscando demostrar aos participantes quanto a acessibilidade das pessoas com deficiência aos diferentes serviços ofertados pelo SUS e rede socioassistencial complementar, o apoio, o vínculo com a rede de atenção à saúde, para assim, posteriormente realizar-se (no local onde todos encontram-se em imersão) debates, apontamentos e sugestões para a melhoria das situações presenciadas. Foi possível a percepção de quanto o sistema de saúde oferece aporte e recursos para prestar um atendimento público de qualidade e resolutivo para os usuários que necessitam de assistência diferenciada. Foi perceptível o interesse por todos os viventes do grupo, independente da área de atuação, devido às deficiências não serem abordadas de modo suficiente e preparatório nas graduações em geral (sobretudo nas de saúde) e entretanto está cada vez mais presente e exigindo readequações e quebra de preconceitos em nossa sociedade. É imperativa a necessidade de mudanças nas atitudes dos profissionais do SUS e também na parte arquitetônica dos meios onde estes se inserem, para que assim seja possível a inclusão desta população, permitindo que as mesmas tenham seus direitos constitucionais garantidos e a efetiva participação social, contribuindo para as tomadas de decisões que na geralmente é realizada por um grupo seleto de pessoas (sem deficiências) que decidem por todos (com e sem deficiências). Sendo assim, as vivências as quais o VER-SUS proporcionam na vida acadêmica, tornam-se essenciais para a formação de sujeitos/cidadãos com olhares diferenciados e com um senso crítico aguçado, preocupados em tornar o SUS um sistema que realmente coloque em prática seus princípios e diretrizes, como a universalidade, equidade, igualdade, descentralização, dentre outros. Iniciativas como o VER-SUS podem instigar militantes em prol do SUS e uma sociedade igualitária, que enfrente seus pré-conceitos.

 

Biografia do Autor

  • Fabíola Feltrin, UFFS

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Publicado

11-10-2016

Edição

Seção

Campus Chapecó - Projetos de Ensino