DIÁRIO DE BORDO - UM VIÉS PARA REFLEXÃO DE DIDÁTICAS
Palavras-chave:
Docência inicial. Ensino. Texto. Reflexão.Resumo
A presente comunicação tem por objetivo apresentar os resultados preliminares da análise dos procedimentos de trabalho utilizados para o desenvolvimento da prática de leitura de textos, no ensino fundamental II, nas aulas de Língua Portuguesa, regidas por graduandos pibidianos que integram o Programa Institucional de Bolsas de Iniciação à Docência (PIBID - Letras). Essa análise, que partiu da observação dos registros acerca daqueles procedimentos nos diários de bordo dos pibidianos do curso de Letras, teve início com os seguintes questionamentos: Qual a natureza das sequências textuais dos relatos (expositiva ou dialogal)? De qual maneira os exercícios oferecidos aos alunos de uma turma são implementados? Os pibidianos refletem sobre sua prática, sua regência? E, em função disso, os pontos do estudo foram restringidos. Posteriormente, apuraram-se três diários dos pibidianos e focou-se na descrição das ações desenvolvidas pelos pibidianos durante a prática e nos recursos lingüístico-textuais no corpo do texto que poderiam indicar a constituição do universo do ensino, de sua metodologia, de sua prática. A partir do resultado parcial da análise, concluiu-se que as práticas são de natureza dialogal e que os exercícios são desenvolvidos sequencialmente, do coletivo para o individual. Dessa forma, considerando a leitura analítica dos relatos do Diário de Bordo, entende-se que todo dizer tem relação com outros, com o vivido, bem como que - na relação dialogal - os interlocutores já possuem conhecimentos prévios interiorizados acerca de uma dada temática, em função de outras leituras desenvolvidas durante um período da vida. Além disso, o fato de os exercícios serem discutidos do coletivo para o individual indica que os conhecimentos trazidos para a aula podem ser usados como ponte para novas situações de aprendizagem. Portanto, esse estudo se justifica e é importante porque permite pensar a prática docente inicial e também como desenvolvê-la de forma adequada aos diferentes contextos de ensino e aprendizagem, não só no âmbito da leitura, mas também em outros que partem do uso da(s) linguagem(ns).
Referências
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P1. Diário de Bordo. UFFS-PIBID - CL, 2015.
P2. Diário de Bordo. UFFS-PIBID - CL, 2015.
P3. Diário de Bordo. UFFS-PIBID - CL, 2015.
PASSEGGI, M. da C. A experiência em formação. Educação, Porto alegre, v.34, n.2. p.147-156, maio/ago, 2011.
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