DINÂMICA POPULACIONAL E ESTRUTURA DA COMUNIDADE DE PEQUENOS MAMÍFEROS EM FRAGMENTOS FLORESTAIS NO SUL DA MATA ATLÂNTICA BRASILEIRA

Autores

  • Luana Gabriele Arenhart Braun Universidade Federal da Fronteira Sul Campus Cerro Largo
  • Jady de Oliveira Sausen UNIVERSIDADE FEDERAL DA FRONTEIRA SUL - CAMPUS CERRO LARGO
  • Daniele Pereira Rodrigues UNIVERSIDADE FEDERAL DA FRONTEIRA SUL - CAMPUS CERRO LARGO
  • Fabrício Luiz Skupien UNIVERSIDADE FEDERAL DA FRONTEIRA SUL - CAMPUS CERRO LARGO
  • Ailne Kolling UNIVERSIDADE FEDERAL DA FRONTEIRA SUL - CAMPUS CERRO LARGO
  • Daniela Oliveira de Lima UNIVERSIDADE FEDERAL DA FRONTEIRA SUL - CAMPUS CERRO LARGO

Palavras-chave:

Biologia da Conservação. Diversidade de espécies. Ecologia da Paisagem. Ecologia de Populações. Fragmentação florestal.

Resumo

A floresta Mata Atlântica é um dos biomas com maior diversidade e mais ameaçado do mundo. Esse bioma perdeu quase 90% de sua área para a urbanização e o avanço agrícola e o pouco que resta de suas florestas está drasticamente fragmentado. Nesses pequenos fragmentos a fauna e a flora lutam para permanecer, contudo, como uma menor área de floresta oferece menos recursos, muitas de suas espécies acabam sendo extintas e a comunidade que permanece é uma comunidade empobrecida, uma parte da comunidade que outrora habitou essas florestas. As espécies que permanecem precisam sobreviver com menos recursos, tendo que adaptar suas dinâmicas populacionais a oferta de recursos escassa desses locais e que muitas vezes também apresenta variações sazonais. Esse projeto tem como objetivo investigar a dinâmica populacional e a estrutura da comunidade de pequenos mamíferos em fragmentos florestais na região de Cerro Largo, no extremo sul da Mata Atlântica. Para a realização desse estudo, realizaremos saídas de campo estacionais com dez dias de duração em cada área. Em cada fragmento, a amostragem será realizada através de 42 armadilhas de captura viva, sendo metade destas dispostas no solo e a outra metade disposta no sub-bosque da vegetação, a aproximadamente 1,5m do solo. O tamanho populacional das espécies será analisado primeiramente pelo método do Número Mínimo de Animais Sabidamente Vivos - MNKA. Caso os dados obtidos permitam a utilização de abordagens mais rebuscadas para a estimativa do tamanho populacional, esta será obtida através do programa Mark utilizando o modelo design robusto. A diversidade será calculada através dos índices de Simpson e de Shannon-Wiener. Para explicitar os padrões de abundância e de dominância entre as espécies, será utilizado o diagrama de Whitakker, ou diagrama de dominância. O principal resultado esperado deste projeto é identificar quais espécies de pequenos mamíferos ocorrem na região. Este é um resultado muito poderoso em termos de conhecimento e conservação da biodiversidade. Considerando que esta região foi amostrada de forma incipiente no passado, cada animal capturado poderá ser considerado um novo registro biogeográfico. No que tange os padrões populacionais, esperamos encontrar uma marcada sazonalidade nos seus parâmetros, como por exemplo, menor peso dos animais no inverno - diminuindo assim seu fator de condição e maior atividade reprodutiva no início da primavera, e consequentemente maior recrutamento no final da primavera e início do verão. Os resultados deste projeto irão produzir pelo menos um artigo científico, duas apresentações em congressos e um trabalho de conclusão de curso em Ciências Biológicas. Este projeto já possui autorização de comitê de ética no uso de animais da UFFS e também do IBAMA.

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Publicado

24-11-2016

Edição

Seção

Campus Cerro Largo - Projetos de Pesquisa