A PRIMEIRA PARADA LGBT DO OESTE CATARINENSE E A PROMOÇÃO DO BEM ESTAR PSICOSSOCIAL DA POPULAÇÃO A QUEM FOI DIRECIONADA: UM RELATO DE EXPERIÊNCIA.
Palavras-chave:
Movimento LGBT, visibilidade, ações em saúde.Resumo
RESUMO: O conceito ampliado de saúde estabelecido na Constituição Federal do Brasil de 1988 (CF-1988) é determinado como completo estado de bem-estar biopsicossocial. Dessa forma, o Sistema Único de Saúde (SUS) oriundo da necessidade de adaptar esse conceito à realidade brasileira, desenvolve ações de promoção e prevenção de saúde, na busca por melhorar em todos os aspectos a saúde da sociedade. Entretanto, nas práticas de saúde implementadas tem-se observado ausência e desconhecimento dos profissionais frente às ações em saúde para a população de Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis e Transexuais (LGBT) uma população que é invisível nos serviços de saúde. Assim, o objetivo deste trabalho é relatar a experiência da organização de um movimento em prol da visibilidade de uma população que carece de assistência a saúde específica. Discute-se pouco a saúde LGBT na área acadêmica, os atendimentos à saúde em todos os níveis de atenção no município de Chapecó-SC mascaram o fato de existirem necessidades especificas para essa população vulnerável e estes ficam excluídos do sistema de saúde. A marginalização da população LGBT é intensificada a cada dia nos mais variados espaços, isto posto, a União Nacional LGBT (UNA) do núcleo de Chapecó-SC organizou a primeira parada LGBT do Oeste Catarinense. A divulgação do evento foi feita pelas redes sociais durante as primeiras semanas do mês de julho, e então na tarde do dia 24 de Julho de 2016 todos se reuniram na Praça Coronel Ernesto Bertaso, para então organizar a caminhada pela Avenida Getúlio Vargas. Observou-se na realização do evento que muito além de visibilizados, os participantes do ato sentiram-se alegres, saudáveis, humanos e representados o que nos leva a compreender que o bem estar psicossocial pode ser promovido. Deste modo, espera-se que sejam criadas políticas e condutas de promoção de saúde em um aspecto amplificado para a população em questão como é previsto em lei, para que dessa forma a diversidade esteja representada, visualizada, respeitada e bem psicossocialmente para muito além da avenida e para que não se faça necessária a eloquência de milhares de humanos lutarem todos os dias para que os tratem com humanidade e principalmente para que as cores do arco-íris para muito além das bandeiras estejam na nossa mente junto com a ideia de que ser diferente é normal.
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