O TEATRO COMO FERRAMENTA DE EDUCAÇÃO HUMANITÁRIA NAS ESCOLAS RURAIS DE REALEZA

Autores

  • Lucas Signori
  • Yago Vieira da Rocha Bazan
  • Priscilla Deotti Signor
  • Jaira de Oliveira
  • Susana Regina de Mello Schlemper Universidade Federal da Fronteira Sul - UFFS
  • Denise Maria Sousa de Mello
  • Daniella Thais de Castro Bessani
  • Pablo Honório Nunes da Silva
  • Andressa dos Santos Silveira
  • Ingridí Fernanda de Bona
  • Gabrieli Américo da Silva
  • Thais Lara Mateus
  • Kauana Vargas
  • Bruna Pereira

Palavras-chave:

Bem-estar animal, Cinco Liberdades, Artes cênicas.

Resumo

O Grupo Cinco Liberdades levou o projeto às escolas rurais, a fim de oportunizar as crianças de áreas distantes da cidade, a experiência da arte teatral. O teatro não consiste apenas em uma ação de transformação cultural, mas também e principalmente social. Os meios rurais acabam por não participar ativamente nos processos de produção e criação cultural, ficando excluídos de propostas que comumente são desenvolvidas nas cidades. Assim, as atividades artísticas e culturais em comunidades rurais têm que lutar contra muitas dificuldades, como os escassos recursos financeiros e humanos. O objetivo desta proposta cultural foi apresentar através do teatro como ferramenta de educação humanitária, os conceitos de bem-estar animal (BEA), especialmente das cinco liberdades, aos alunos do ensino fundamental de escolas rurais de Realeza. A relação entre homem e animais tem como norteamento o conceito das cinco liberdades: todos os animais devem ser livres de medo e estresse; livres de fome e sede; livres de desconforto; livres de dor e doenças e livres para expressar seu comportamento natural. Optou-se pelo teatro, pois o teatro traz na sua origem um princípio de socialização, de não conformismo e de desafios constantes. A ideia foi construir a partir do tema BEA, o texto e as falas, figurinos e cenários. O processo criativo ocorreu interativamente em sala de aula, quando bolsistas e voluntários, juntamente com as crianças de terceiro e quarto ano elaboraram o texto, discutiram os personagens e montaram a peça teatral. O trabalho repleto de significações, permeando sempre pelo BEA empolgou direção e professores, que convidaram o grupo a apresentar a peça no evento que seria organizado para o Dia da Criança, quando então os pais dos alunos viriam até a escola para participarem das festividades. Além disso, solicitaram que organizássemos outras atividades culturais para aquele dia, pois todo o processo criativo foi realizado com alunos de terceiro e quarto ano, mas no dia da festa, estariam presentes alunos do jardim ao nono ano. Face ao grande número de pessoas, o local destinado foi o salão da Associação de Desenvolvimento Comunitário de Flor da Serra. O grupo em reuniões decidiu pelo resgate de brincadeiras infantis, primando por aquelas que marcaram a infância deles mesmos. As ideias foram muitas e foram selecionadas muitas brincadeiras clássicas. As apresentações iniciaram pela peça teatral, quando os pais foram surpreendidos pela informação de que as crianças haviam escrito a peça; os acadêmicos elaboraram os personagens baseados na estória criada e os personagens eram fantoches. Após a apresentação, que durou cerca de 20 minutos, todas as crianças foram convidadas a participar, divididas em grupos por faixa etária, acompanhados pelos acadêmicos e por cerca de três horas, todas as pessoas presentes envolveram-se nas brincadeiras. A proposta oportunizou aos alunos o reconhecimento de sua capacidade criativa e experiências em grupo, propiciando o trabalho coletivo, tanto no campo das ideias como das criações, através da condução lúdica, buscando a transformação de conceitos em relação ao BEA, onde o respeito por todos os seres vivos foi a base para uma educação humanitária.

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Publicado

01-02-2017

Edição

Seção

Campus Realeza - Projetos de Extensão e Cultura