REFLEXÕES A RESPEITO DO CONCEITO DE REPRODUTIBILIDADE TÉCNICA A PARTIR DA PESPECTIVA DA ESCOLA DE FRANKFURT.
Palavras-chave:
Teoria Crítica, Reprodutibilidade Técnica, Aura, Música.Resumo
Este trabalho apresenta as primeiras reflexões acerca da compreensão produzida pela denominada “Escola de Frankfurt” a respeito da obra de arte. Os autores filiados a “Escola” interpretam que as manifestações artísticas foram apropriadas pelo sistema capitalista, na sociedade moderna, como uma forma de reprodução da ideologia do poder da classe detentora dos meios de produção. Neste quadrante analítico, o conceito de Indústria Cultural é examinado através da obra “Dialética do Esclarecimento” e do texto de Walter Benjamin, “A obra de arte na era de sua reprodutibilidade técnica”, sendo esses, fontes para estabelecer a base conceitual utilizada para investigar o fenômeno artístico e como a denominada aura, da obra de arte, se perde quando introduzida na lógica capitalista. Nesse sentido, a arte perde sua capacidade de emancipar o indivíduo e se converte em manifestação ideológica. A partir disso, focaliza-se a música para perceber de que maneira essa manifestação artística também é inserida na lógica reprodutiva da indústria cultural. Parte-se da compreensão que a manifestação da música precede a grande indústria, possuindo capacidades e possibilidades críticas emancipatórias, mas, através da indústria cultural suas potencialidades de emancipação do individuo foram diminuídas. Os autores desta perspectiva identificam que a lógica capitalista compromete o processo criativo da produção artística. Dessa maneira, a partir do exame das obras selecionadas, os frankfurtianos entendem que a indústria cultural produz e transforma os indivíduos em seres mais compassivos e amortecidos pelas práticas sociais para o qual a música, inserida nesse quadrante analítico, se expressa como uma arte passível de reprodução e alienação ideológica.
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