SANIDADE DE SEMENTES DE TRIGO EM FUNÇÃO DO TEOR DE ÁGUA NA COLHEITA

Autores

  • Patricia Mara De Almeida Universidade Federal da Fronteira Sul Campus de Erechim-RS
  • Mauricio Albertoni Scariot Universidade Federal da Fronteira Sul, Campus de Erechim-RS
  • Josiel Ricardo Toni Universidade Federal da Fronteira Sul, Campus de Erechim-RS
  • Carla Pasinato Universidade Federal da Fronteira Sul, Campus de Erechim-RS
  • Guilherme Tiburski Universidade Federal da Fronteira Sul, Campus de Erechim-RS
  • Francisco Reichert Universidade Federal da Fronteira Sul, Campus de Erechim-RS
  • Michele Renata Revers Meneguzzo Universidade Federal da Fronteira sul, Campus de Erechim-RS
  • Brenda Tortelli Universidade Federal da Fronteira Sulo, Campus de Erechim-RS

Palavras-chave:

Fusarium. Triticum aestivum¬ L. Giberela.

Resumo

A qualidade da semente é baseada em vários fatores, dentre eles a sanidade. A presença de fungos em sementes pode acarretar na redução da qualidade física e do desempenho fisiológico logo após a colheita e durante a armazenagem. A giberela por exemplo, causada pelo fungo Fusarium graminearum, é transmitida principalmente via sementes infectadas. Sendo assim, a manutenção da semente no campo propicia o ataque de fungos, isto por que as condições de clima podem influenciar negativamente, principalmente em condições de pluviosidade, o que provoca o molhamento constante das espigas e, consequentemente, propicia o desenvolvimento de fungos patogênicos. A antecipação da colheita além de proporcionar sementes com melhor qualidade física e fisiológica, visto que é realizada próxima ao ponto de maturidade fisiológica, também pode influenciar na qualidade sanitária das sementes, já que estas são retiradas antecipadamente do campo, evitando os efeitos climáticos. Desse modo, o objetivo foi avaliar a qualidade sanitária de sementes de trigo (Triticum aestivum­ L.), colhidas em diferentes teores de água. O experimento foi conduzido sob delineamento inteiramente casualizado com quatro repetições. Foram utilizadas sementes de trigo, cultivar BRS Parrudo, obtidas de cultivo no município de Erechim/RS. A colheita foi realizada manualmente, quando as sementes atingiram os teores de água de 28,6, 18,5 e 12,9%. A trilha foi realizada com o auxílio de trilhadora mecânica de parcelas. No entanto, as sementes obtidas da colheita com teor de água de 28,6% foram secas primeiramente na espiga, até atingirem teor de água que proporcionasse a trilha mecânica. Após a trilha, as sementes foram submetidas a secagem em estufa com circulação forçada de ar na temperatura máxima de 38ºC, até atingirem teor de água entorno de 12%. A avaliação da qualidade sanitária das sementes foi realizada por meio da metodologia do “Blotter Test”, identificando-se os gêneros de fungos presentes nas sementes. Os dados obtidos foram submetidos à análise de variância pelo teste F (P≤0,05) e as médias comparadas pelo teste de Tukey (P≤0,05). O principal gênero de fungo encontrado foi o Fusarium spp., o qual não apresentou diferença estatística entre as colheitas, obtendo incidência média de 99,5%. O alto percentual de incidência deste patógeno é devido aos elevados volumes de chuva durante a safra e, principalmente, entre a floração e a colheita, fato que ocasiona maior tempo de molhamento às espigas, tornando-as suscetíveis ao ataque de patógenos. Além disso, outros gêneros de fungos foram encontrados, como Epicoccum spp., Alternaria spp., Cladosporium spp., Colletotrichum spp. e Dreschlera spp., os quais foram agrupados em demais fungos devido aos baixos percentuais de incidência. Para os demais fungos encontrados, a colheita realizada com teor de água de 28,6% apresentou a menor média de incidência, indicando que o retardo na colheita propicia o ataque de patógenos às sementes. A incidência de fungos patogênicos é maior com o retardo na colheita. Elevados volumes de chuvas propiciam o desenvolvimento de Fusarium spp. independentemente do teor de água das sementes na colheita.

Biografia do Autor

  • Patricia Mara De Almeida, Universidade Federal da Fronteira Sul Campus de Erechim-RS
    Acadêmica no curso de agronomia/4° fase e bolsista na FAPERGS na Universidade Federal da Fronteira Sul, Campus de Erechim.
  • Mauricio Albertoni Scariot, Universidade Federal da Fronteira Sul, Campus de Erechim-RS
    Mestrando do programa de  pós graduação em ciência e tecnologia ambiental  e Bolsista CAPES na Universidade Federal da Fronteira Sul, Campus Erechim-RS.mauricioalbertoniscariot@gmail.com
  • Josiel Ricardo Toni, Universidade Federal da Fronteira Sul, Campus de Erechim-RS
    Acadêmico no curso de Agronomia na Universidade Federal da Fronteira Sul, Campus de Erechim-RS.
  • Carla Pasinato, Universidade Federal da Fronteira Sul, Campus de Erechim-RS
    Acadêmica no curso de Agronomia na Universidade Federal da Fronteira Sul, Campus de Erechim-RS.
  • Guilherme Tiburski, Universidade Federal da Fronteira Sul, Campus de Erechim-RS
    Acadêmico no curso de Agronomia na Universidade Federal da Fronteira Sul, Campus de Erechim-RS.
  • Francisco Reichert, Universidade Federal da Fronteira Sul, Campus de Erechim-RS
    Mestrando do programa de  pós graduação em ciência e tecnologia ambiental  eBolsista CAPES na Universidade Federal da Fronteira Sul, Campus Erechim-RS.
  • Michele Renata Revers Meneguzzo, Universidade Federal da Fronteira sul, Campus de Erechim-RS
    Acadêmica no curso de Agronomia na Universidade Federal da Fronteira Sul, Campus de Erechim-RS.
  • Brenda Tortelli, Universidade Federal da Fronteira Sulo, Campus de Erechim-RS
    Acadêmica no curso de Agronomia na Universidade Federal da Fronteira Sul, Campus de Erechim-RS.bre.tortelli@hotmail.com

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Publicado

23-11-2016

Edição

Seção

Campus Erechim - Projetos de Pesquisa