PERFIL EPIDEMIOLÓGICO DE ÓBITOS POR CAUSAS VIOLENTAS NA REGIÃO DA ASSOCIAÇÃO DOS MUNICÍPIOS DO OESTE DE SANTA CATARINA – AMOSC.

Autores

  • Marceli Cleunice Hanauer Universidade Federal da Fronteira Sul - UFFS Campus Chapecó
  • Vanessa Ritieli Schossler Universidade Federal da Fronteira Sul - UFFS Campus Chapecó
  • Valéria Silvana Faganello Madureira Universidade Federal da Fronteira Sul - UFFS Campus Chapecó

Palavras-chave:

Violência. Suicídio. Homicídio. Acidentes.

Resumo

Resumo: A violência na vida social não é um fato que possa ser explicado e compreendido pela ação isolada dos indivíduos, seus temperamentos ou, ainda, pelo uso de substâncias estimuladoras, como o álcool e/ou as drogas. Diferente das chamadas causas naturais, como as indicativas de deterioração do organismo devido a doenças e/ou envelhecimento, as mortes decorrentes de causas externas remetem a fatores independentes do organismo humano que provocam lesões ou agravos à saúde e que levam à morte. O aumento contínuo da violência é aspecto importante da “atual organização da vida social [...] manifestando-se nas diversas esferas da vida societal” (WEISELFISZ, 2014, p. 15), de tal forma que se converteu em preocupação mundial. Já no final do século XX, Jorge e Laurenti (1997, p.2) afirmavam que as mortes decorrentes de acidentes e violências passaram de 70 mil em 1980 para 100 mil pessoas em 1990, incidindo principalmente na população mais jovem e tornando as chamadas causas externas no “grupo campeão de anos potenciais de vida perdidos”. Estudos realizados e publicados em 2011 utilizando a base de dados da Associação de Municípios do Oeste de Santa Catarina (AMOSC), indicam que, nas causas externas, as principais vítimas são do sexo masculino e, em ordem decrescente, se destacam acidentes de transporte, homicídios e suicídios. Daí a importância desse estudo, cujo objetivo geral é analisar o perfil epidemiológico de óbitos por causas violentas na região da AMOSC no período janeiro de 2010 a dezembro de 2016, com especial atenção a Chapecó. Trata-se de estudo exploratório descritivo de abordagem quantitativa a ser desenvolvido no período de agosto de 2016 a julho de 2017 com dados coletados nos laudos de necropsia do Instituto Geral de Perícias (IGP) de Chapecó, os quais contêm mais informações do que as declarações de óbito utilizadas para atualizar dados do Sistema de Informações sobre Mortalidade (SIM). Tais laudos permitirão conhecer, por exemplo, dados de alcoolemia nas mortes decorrentes de acidentes de transporte, bem como possíveis distribuições/concentrações de óbitos por causas violentas em determinados períodos do dia, da semana, do ano e tendências por faixas etárias. Estes detalhamentos auxiliarão a identificar as causas das mortes por causas violentas, levantar as características sócio demográficas das pessoas cujos óbitos decorreram de violência, avaliar a distribuição dos óbitos de acordo com sua variação por ano e nos meses de cada ano e caracterizar os óbitos segundo o tipo (suicídio, homicídio e acidentes de transporte) e de acordo com a faixa etária de ocorrência na região da AMOSC. Espera-se alcançar, ao final desse estudo, uma compreensão mais ampla do fenômeno da mortalidade por causas violentas em Chapecó e região, identificando elementos que possam subsidiar ações em saúde no sentido de promoção e prevenção, através de atividades de educação em saúde. Espera-se que os dados coletados deem origem a trabalhos de conclusão do curso de enfermagem, apresentações em eventos e artigos para publicação.

Biografia do Autor

  • Marceli Cleunice Hanauer, Universidade Federal da Fronteira Sul - UFFS Campus Chapecó
    Acadêmica da  graduação em Enfermagem da Universidade |Federal da Fronteira Sul - UFFS Campus Chapecó

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Publicado

27-01-2017

Edição

Seção

Campus Chapecó - Projetos de Pesquisa