POSSIBILIDADES E DESAFIOS: MODALIDADES DIDÁTICAS UTILIZADAS EM AULAS DE BOTÂNICA NO ENSINO FUNDAMENTAL
Resumo
O ensino de Botânica necessita de práticas de manuseio, observação, pesquisa, escrita, desenhos, reflexão, motivação e interação entre os envolvidos, para que desse modo, o processo de ensino e aprendizagem seja significativo para professor e alunos. Pensando nisso, foram planejadas as aulas de botânica, a serem desenvolvidas com uma turma de 7º ano, em 26 horas/aula, através da disciplina Estágio Curricular Supervisionado III: Ciências do Ensino Fundamental, ofertada a 7ª fase do Curso de Graduação em Ciências Biológicas – Licenciatura, da Universidade Federal da Fronteira Sul – Campus Cerro Largo. O objetivo deste relato é narrar algumas das atividades desenvolvidas durante o Estágio, a fim de refletir sobre as possibilidades e os desafios que foram observados. Nesta perspectiva, muito se ouve falar em diferentes modalidades didáticas, e foi pensando nesse contexto que as aulas de Botânica foram planejadas. As aulas foram planejadas e desenvolvidas primeiramente com uma “Introdução epistemológica da Botânica”, e os próximos conteúdos estudados foram: “Célula vegetal”; “Plantas avasculares”; “Pteridófitas”; “Gimnospermas”; e por fim, “Angiospermas”. Para o desenvolvimento das aulas, diversas modalidades didáticas foram utilizadas, entre elas: aula expositiva dialogada utilizando slides preparados na ferramenta de apresentação Microsoft PowerPoint e também o quadro; atividades práticas no laboratório de ciências; vídeos e documentário; elaboração de cartazes; atividade técnica de desenho, utilizando giz de cera. Em todas as atividades, momentos de diálogo, escrita e reflexão, foram essências. Nas aulas expositivas dialogadas, a turma interagia e demonstrava entendimento dos conteúdos. Ao trabalharmos o conteúdo “Plantas avasculares”, foi realizada a primeira atividade prática com a turma. Nesta, dificuldade em acalmar a turma, pois este foi o primeiro contato dos alunos com o Laboratório de Ciências, portanto, todos os objetos e representações eram novidades, e os alunos tinham curiosidade de ver tudo. Na oportunidade, os conceitos teóricos foram trabalhados em concomitância com a aula prática, ou seja, reforça que não há necessidade de trabalhar teoria e prática separadas, pelo contrário. Para o próximo conteúdo trabalhado, “Pteridófitas”, foi planejada outra atividade prática, e apesar de na primeira experiência não ter tido 100% de aproveitamento, não desisti de fazê-la. E, que bom que não desisti na primeira “decepção”, pois a turma estava agitada naquele momento, acredito que se as novidades: aula diferente, local diferente, materiais diferentes. Ao contrário da primeira aula, esta foi muito tranquila e proveitosa, os alunos dialogavam e questionavam, diferenciamos as pteridófitas das plantas avasculares, e estabelecemos um comparativo entre os dois grupos. Desse modo, o Estágio possibilitou um espaço de vivenciar a prática docente, e desenvolver atividades diferenciadas aos alunos, que por vezes são tratados como receptores de conhecimentos. Buscou-se desenvolver atividades que proporcionassem momentos de diálogo e interação, e assim, pode-se dizer que os objetivos das aulas foram alcançados, algumas atividades poderiam ser reformuladas, mas no geral, os resultados foram satisfatórios. As modalidades didáticas utilizadas despertaram a curiosidade e contribuíram para uma melhor aprendizagem, além de incentivar a pesquisa escolar, interpretação e reflexão constante.
Downloads
Publicado
Edição
Seção
Licença
Submeto o trabalho apresentado como texto original à Comissão Editorial do XIII SEPE e concordo que os direitos autorais, a ele referente, se torne propriedade do Anais do XIII SEPE da UFFS.