OS BENEFÍCIOS DA PALHAÇARIA NO AMBIENTE HOSPITALAR: UM RELATO DE EXPERIÊNCIA

Autores

  • Alexandre Inácio Ramos Universidade Federal da Fronteira Sul-Campus Chapecó/SC
  • Patricia Aparecida Trentin Universidade Federal da Fronteira Sul-Campus Chapecó/SC
  • Fabíola Zenatta de Freitas Universidade Federal da Fronteira Sul-Campus Chapecó/SC
  • Crhis Netto de Brum Universidade Federal da Fronteira Sul-Campus Chapecó/SC
  • Samuel Spiegelberg Zuge Universidade do Estado de Santa Catarina-Campus Chapecó/SC
  • Joice Moreira Schmalfuss Universidade Federal da Fronteira Sul-Campus Chapecó/SC
  • Mayara de Oliveira Walter Universidade Federal da Fronteira Sul-Campus Chapecó/SC

Palavras-chave:

Saúde da criança, Ludoterapia, Pediatria

Resumo

O processo de hospitalização infantil causa alterações na rotina diária da criança e de sua família, resultando em uma experiência difícil e estressante para ambas. Para viver o processo de hospitalização, a criança deve ter suas necessidades percebidas pelos profissionais envolvidos na assistência, uma vez que ao adentrar no hospital ela se depara com um ambiente estranho e, este fato somado ao afastamento do lar e à realização de procedimentos desconhecidos, pode resultar em conflito emocional. O objetivo desse trabalho é relatar a utilização do lúdico, por meio da palhaçaria, na promoção da saúde da criança hospitalizada. Trata-se do relato de experiência de um Programa Extensionista que abarca o Projeto Enferma-Ria: promovendo a saúde da criança hospitalizada, o qual encontra-se vinculado a Pró-Reitoria de Extensão e Cultura da Universidade Federal da Fronteira Sul, Campus Chapecó (UFFS/SC). As ações deste Projeto são realizadas pelos educandos do Curso de Graduação em Enfermagem, Pedagogia e Medicina da UFFS/SC, no Hospital da Criança-Augusta Muller Bohner, localizado no município de Chapecó/SC. No desenvolvimento das atividades, o lúdico e a palhaçaria são utilizados como ferramentas estratégicas a fim de trabalhar com a educação e promoção da saúde das crianças hospitalizadas. Desde outubro de 2015, o Projeto já realizou em torno de 50 ações lúdicas com crianças hospitalizadas de 0 a 12 anos. O trabalho do palhaço no ambiente hospitalar vem no intuito de construir um vínculo entre o paciente, a família e o profissional de saúde, auxiliando no tratamento e consequente melhora na saúde. Com esse intuito, os educandos realizaram um treinamento de linguagem de Clown, juntamente com a leitura de diversos artigos científicos sobre o lúdico no ambiente hospitalar para melhor atuar e utilizar a palhaçaria como ferramenta na promoção da saúde. No desenvolvimento das atividades no hospital, os educandos discutem os prontuários das crianças com a educadora e equipe para avaliar quais abordagens serão adequadas para cada caso. Posteriormente, se caracterizam de palhaços para as intervenções lúdicas. Na internação, as crianças estão sujeitas a vários procedimentos dolorosos e invasivos, os quais podem causar dor, desconforto, ansiedade e estresse. Desta forma, além de auxiliar na criação do vínculo, a palhaçaria ajuda na amenização desses sentimentos trazendo bem estar. Pode-se citar também que a palhaçaria acarreta benefícios para a toda a equipe de saúde, visto que a presença do palhaço no hospital quebra a rotina do cotidiano de cuidados, proporcionando sorrisos e amenizando o estresse causado pela demanda diária e excesso de horas de trabalho. Estas ações podem ocasionar resultados positivos, diminuindo o impacto da hospitalização e tornando o cuidado mais humanizado. Além de contribuir para o processo de ensino-aprendizagem dos educandos de uma maneira interativa com a criança, com a família e com a equipe de saúde.

 

Biografia do Autor

  • Alexandre Inácio Ramos, Universidade Federal da Fronteira Sul-Campus Chapecó/SC

    Acadêmico da 4a fase do Curso de Graduação em Enfermagem da Universidade Federal da Fronteira Sul (UFFS)-Campus Chapecó/SC. Voluntário do Projeto Enferma-Ria: promovendo a saúde da criança hospitalizada.

  • Patricia Aparecida Trentin, Universidade Federal da Fronteira Sul-Campus Chapecó/SC
    Acadêmica da 4a fase do Curso de Graduação em Enfermagem da Universidade Federal da Fronteira Sul (UFFS)-Campus Chapecó/SC. Voluntária do Projeto Enferma-Ria: promovendo a saúde da criança hospitalizada.
  • Fabíola Zenatta de Freitas, Universidade Federal da Fronteira Sul-Campus Chapecó/SC
    Acadêmica da 4a fase do Curso de Graduação em Enfermagem da Universidade Federal da Fronteira Sul (UFFS)-Campus Chapecó/SC. Voluntária do Projeto Enferma-Ria: promovendo a saúde da criança hospitalizada.
  • Crhis Netto de Brum, Universidade Federal da Fronteira Sul-Campus Chapecó/SC

    Enfermeira. Mestre em Enfermagem. Professora do Curso de Graduação em Enfermagem da Universidade Federal da Fronteira Sul (UFFS)-Campus Chapecó/SC. Coordenadora do Projeto Enferma-Ria: promovendo a saúde da criança hospitalizada.

  • Samuel Spiegelberg Zuge, Universidade do Estado de Santa Catarina-Campus Chapecó/SC

    Enfermeiro. Mestre em Enfermagem. Professor do Curso de Graduação em Enfermagem da Universidade do Estado de Santa Catariana (UDESC)-Campus Chapecó/SC. Colaborador do Projeto Enferma-Ria: promovendo a saúde da criança hospitalizada.

  • Joice Moreira Schmalfuss, Universidade Federal da Fronteira Sul-Campus Chapecó/SC

    Enfermeira. Mestre em Enfermagem. Professora do Curso de Graduação em Enfermagem da Universidade Federal da Fronteira Sul-Campus Chapecó/SC. Vice-coordenadora do Projeto Enferma-Ria: promovendo a saúde da criança hospitalizada.

  • Mayara de Oliveira Walter, Universidade Federal da Fronteira Sul-Campus Chapecó/SC
    Acadêmica da 4a fase do Curso de Graduação em Enfermagem da Universidade Federal da Fronteira Sul (UFFS)-Campus Chapecó/SC. Voluntária do Projeto Enferma-Ria: promovendo a saúde da criança hospitalizada.

Downloads

Publicado

26-01-2017

Edição

Seção

Campus Chapecó - Projetos de Extensão e Cultura