EXAME RADIOGRÁFICO CONTRASTADO DO TRANSITO GASTRINTESTINAL DE CALOPSITA (Numphicus hollandicus, Kerr, 1792)

Autores

  • Fernanda Pinheiro Universidade Federal da Fronteira Sul
  • Rafael Moscon Universidade Federal da Fronteira Sul
  • Michelle de Araujo Universidade Federal da Fronteira Sul
  • Leonardo Gruchouskei Universidade Federal da Fronteira Sul
  • Gentil Ferreira Gonçalves Universidade Federal da Fronteira Sul

Palavras-chave:

Radiografia contrastada, Compactação, Aparelho digestório, Relato de caso.

Resumo

Foi atendida na Superintendência Unidade Hospitalar Veterinária Universitária (SUHVU) da Universidade Federal da Fronteira Sul (UFFS) Campus Realeza – PR (SUHVU/UFFS/RZA), uma calopsita (Numphicus hollandicus, Kerr, 1792), com histórico de ingestão de pipoca, apatia e anorexia a 24 horas. Foi realizado o exame físico da ave com avaliação dos parâmetros físicos, sendo os mesmos considerados dentro da normalidade para a espécie no momento do exame. Em seguida a ave foi encaminhada ao Laboratório de Diagnóstico por Imagem da SUHVU/UFFS/RZA. A princípio realizou-se duas radiografias simples em posicionamentos ventrodorsal (VD) e lateral direito (LD) de todo o corpo do animal. Após observar as imagens radiográficas, notou-se o aumento de radiopacidade em topografia de pró-ventrículo e ventrículo, suspeitou-se de compactação nos respectivos órgãos, optando-se pela radiografia contrastada para se observar o trânsito gastrintestinal. Foi utilizado como meio de contraste iodo não iônico isosmolar (Iopamiron 300), num volume de 0,75 ml, correspondente à dose de 1,5 mg de iodo por kg de peso vivo, sendo fornecido por via oral através de sondagem oro-esofágica. Foram obtidas seis exposições radiográficas contrastadas consecutivas, em três períodos distintos nas mesmas posições anteriores. Sendo o momento zero, instante em que foi administrado o contraste, momento um, que correspondeu aos dez minutos após a ingestão do contraste e momento dois, correspondeu aos quarenta minutos após a administração do contraste. Ao analisar as imagens radiográficas do momento zero, na imagem VD pode-se observar o contraste presente na cavidade oral, esôfago, inglúvio, pró-ventrículo e começando a adentrar ao ventrículo. Na imagem LD, o pró-ventrículo e ventrículo já estão totalmente preenchidos e o contraste passou a percorrer o intestino. No momento um, tanto a imagem VD quanto a imagem LD, o contraste continuou presente na parte caudal do esôfago, no inglúvio, pró ventrículo, ventrículo e alças intestinais. Por fim, no momento 2, o contraste atingiu a cloaca, tendo transitado por todo o tubo digestório. Por meio da radiografia contrastada, foi possível se confirmar o diagnóstico clínico de compactação no pró-ventrículo, direcionando-o para o devido tratamento. Também foi possível verificar o transito gastrintestinal patente, descartando a possibilidade de obstrução e/ou ruptura das vias digestórias, desconsiderando a necessidade da realização de um procedimento cirúrgico.

Biografia do Autor

  • Fernanda Pinheiro, Universidade Federal da Fronteira Sul
    Acadêmica
  • Rafael Moscon, Universidade Federal da Fronteira Sul
    Acadêmico
  • Michelle de Araujo, Universidade Federal da Fronteira Sul
    Técnica em radiologia na Superintendência Unidade Hospitalar Veterinária.
  • Leonardo Gruchouskei, Universidade Federal da Fronteira Sul
    Médico Veterinário, Técnico em Anatomia e Necropsia.
  • Gentil Ferreira Gonçalves, Universidade Federal da Fronteira Sul

    Médico veterinário, Doutor, Professor Adjunto.

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Publicado

25-01-2017

Edição

Seção

Campus Realeza - Projetos de Extensão e Cultura