RELATO DE EXPERIÊNCIA DO ESTÁGIO SUPERVISIONADO EM CIÊNCIAS II: UTILIZANDO A METODOLOGIA DE ENSINO POR INVESTIGAÇÃO

Autores

  • Heloisa Ilkiu dos Santos Universidade Federal da Fronteira Sul - Campus Realeza- Paraná
  • Daniela Daiana Klauck Universidade Federal da Fronteira Sul, Campus Realeza - Paraná.
  • Barbara Grace Tobaldini de Lima Universidade Federal da Fronteira Sul, Campus Realeza - Paraná.

Palavras-chave:

licenciatura, ensino fundamental, metodologia de ensino, vivências.

Resumo

O componente curricular Estágio Supervisionado nos cursos de licenciatura junto com as demais disciplinas desenvolvidas, é um espaço para oportunizar construções significativas no processo de formação de professores, contribuindo com o fazer profissional do futuro docente, atuando como importante ferramenta para que o acadêmico aprofunde seus conhecimentos teóricos a prática pedagógica. Este componente é constituído por atividades predispostas: ambientação, observação, projeto de estágio, planejamento dos planos de aula, regência e trabalho final de estágio. Nesse sentido, relatamos as experiências vivenciadas no Estágio Supervisionado em Ciências II, com ênfase na problemática investigada e desenvolvida que foi subsidiada pela metodologia do Ensino Por Investigação (EPI). O lócus para desenvolvimento da atividade foi um colégio estadual da cidade de Capanema, com alunos do sétimo ano do ensino fundamental. Amparamo-nos no EPI para organizar e desenvolver um aporte teórico-metodológico oportuno para construir ações efetivas de ensino e aprendizagem. As atividades investigativas são artifícios pedagógicos que auxiliam os alunos a compreenderem a natureza da Ciência, apoiando-se no conhecimento cotidiano, apresentando problemas, questões e/ou propiciando novas situações para que os alunos solucionem dilemas, deste modo irão dispor de condições para compor novos conhecimentos. Durante o período de observação notamos que os alunos eram muito curiosos e interessados, desta maneira valemo-nos de estratégias contempladas no EPI o que proporcionou um clima de investigação, bem como notamos a carência do ensino científico que envolve a pesquisa, as dúvidas e a experimentação por parte do ambiente escolar. No período de regência trabalhamos com três conjuntos de conteúdos: das células aos seres vivos, a evolução dos seres vivos e diversidade da vida animal: vertebrados. As atividades foram ministradas com o auxílio de diversos recursos didáticos como: folhetos, imagens, slides, textos introdutórios, panfletos, material de auxilio, experimentos, jogos, e outros. Após análise das aulas ministradas observamos que apenas a etapa metodologia de investigação não foi contemplada, pois não podemos afirmar que houve mudança conceitual, pois entre nossas atividades foi possível realizar apenas o conflito entre o conhecimento prévio x conhecimento abordado em sala. Ao utilizarmos o EPI, também nos desafiamos por ser uma metodologia diferente daquela que o ambiente escolar estava habituado, assim, tivemos que planejar todas as aulas buscando o êxito nesta estrutura, bem como satisfazer ao interesse dos alunos, não deixando de contemplar o que estava previsto no plano de trabalho docente. Nas frases a seguir observamos relatos dos alunos a respeito do trabalho desenvolvido: “Eu gostei muito, as aulas eram boas e diferenciadas, eu aprendi bastante’’ ‘”Achei legal que elas passaram perguntas que a gente não tinha aprendido e explicaram bem’’ ‘’[...] achei legal as experiências que nos deram’’. Utilizando esta metodologia percebemos as potencialidades e algumas limitações nas etapas que o EPI propõe, porém constatamos que este processo possibilitou a formação de um pensamento crítico e autônomo tanto para nós, futuros professores e quanto para os alunos, capaz enfrentar os desafios da atualidade dentro e fora da escola.

Biografia do Autor

  • Heloisa Ilkiu dos Santos, Universidade Federal da Fronteira Sul - Campus Realeza- Paraná
    Acadêmica da 8ª fase do curso de Ciências Biológicas, Licenciatura, Universidade Federal da Fronteira Sul, Campus Realeza - Paraná.
  • Daniela Daiana Klauck, Universidade Federal da Fronteira Sul, Campus Realeza - Paraná.
    Acadêmica da 8ª fase do curso de Ciências Biológicas, Licenciatura, Universidade Federal da Fronteira Sul, Campus Realeza - Paraná.
  • Barbara Grace Tobaldini de Lima, Universidade Federal da Fronteira Sul, Campus Realeza - Paraná.
    Docente Doutoranda de curso de Ciências Biológicas da Universidade Federal da Fronteira Sul,
    campus Realeza - PR.

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Publicado

04-10-2016

Edição

Seção

Campus Realeza - Projetos de Ensino