A CIÊNCIA DA UTILIZAÇÃO DAS ROCHAS NA ARQUITETURA INCA

Autores

  • Robson Paes Ferreira Universidade Federal da Fronteira Sul Cerro Largo

Palavras-chave:

indígenas da américa, epistemologia, geologia, povos pré-colombianos

Resumo

Resumo: Objetivou-se neste trabalho levantar as informações sobre a utilização das rochas na arquitetura inca. Um levantamento de referências foram realizados em meio impresso e digital sobre o assunto. Um dos primeiros registros da utilização das rochas na arquitetura são dos povos incas viveram perto de 3000 A.C a 1500 D.C. O império habitava regiões desde o extremo norte; Equador, o sul da Colômbia, Peru, Bolívia, até a Argentina e o Chile. Os incas foram uma das civilizações mais avançadas capazes de criar cidades completamente desenvolvidas e muito avançadas se analisadas as condições que enfrentavam. Como a falta de ferramentas, o trabalho exclusivamente braçal pela inexistência de tração animal nas montanhas ou até mesmo rodas, as quais ainda não haviam sido descobertas. Ainda há dúvidas sobre como eles fizeram para que as rochas de milhares de toneladas fossem perfeitamente esculpidas.  Dúvidas geradas pela falta de informação, já que os incas não possuíam nem uma forma de escrita e consequentemente não houve registros feitos. Ao Oeste da Cidade Inca de Machu Picchu, ainda se pode encontrar a pedreira das quais grandes quantidades de rochas foram extraídas.  Usando as fissuras naturais da rocha blocos de granito de vários tamanhos foram extraídos e transportados para edifícios em construção. O transporte foi baseado em trabalho braçal, dada à ausência de animais de arrasto e a roda que ainda não era conhecida.  Há hipóteses de que esse transporte foi feito com troncos de árvores, usado como eixos de rolamento, rochas e pedaços de madeira serviram de alavancas enquanto outros trabalhadores usavam cordas para puxarem as rochas. Sobre o manejo, tal trabalho com as rochas, alguns acreditam que o melhor para talhar uma rocha que não ela mesma, já que não se utilizavam de ferramentas metálicas, pois eles não derretiam ferro ou tinham conhecimento do mesmo para esse tipo de atividade, mas uma rocha poderia ser esfregada em outra para com o atrito ir gerando formas e até alisar superfícies que ficariam expostas em paredes, muros ou em uma entrada de alguns de seus templos. Um povo cuja cultura e mistérios sobre suas tecnologias da época intrigam muitos até hoje, gerando hipóteses, ideias e pensamentos sobre, como isolados em um local sem muitos recursos ou animais para o transporte, puderam desenvolver um alto conhecimento matemático e físico para ter uma arquitetura que sobrevive além de séculos

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Publicado

29-11-2016

Edição

Seção

Campus Cerro Largo - Projetos de Ensino