PROJETO RONDON: EXPERIÊNCIA E DESAFIOS PARA A EXTENSÃO E FORMAÇÃO UNIVERSITÁRIA
Palavras-chave:
Extensão universitária, Interdisciplinaridade, Formação Acadêmica.Resumo
O projeto Rondon é uma iniciativa extensionista da Universidade do Estado de Santa Catarina (UDESC) que agrega demais Instituições de Educação Superior do país, dentre elas a Universidade Federal da Fronteira Sul (UFFS), visando contribuir com as cidades do Estado de Santa Catarina onde a contribuição do conhecimento acadêmico pode impactar positivamente em seus habitantes, assim como o conhecimento trazido pela comunidade local pode gerar novos olhares para o que se aprende na Universidade. Este trabalho tem por finalidade apresentar a experiência vivenciada durante a operação Alto Vale na cidade de Imbuia/SC que possui cerca de 5 mil habitantes e vive basicamente da agricultura e comércio da cebola. As atividades foram organizadas em quinze dias através da promoção de oficinas, rodas de conversa, palestras, atividades lúdicas, esportivas e culturais. Registraram-se 44 oficinas com 100 atividades organizadas nos eixos preconizados pelo projeto Rondon: Educação, saúde, direitos humanos, e justiça, meio ambiente, comunicação e tecnologia e produção de trabalho. O público-alvo consistiu em estudantes do ensino médio e fundamental, pré-escolares, grupos de terceira idade, agricultores, grupo de mulheres, servidores públicos municipais (secretarias de educação, saúde, administração, agricultura) e famílias de agricultores, totalizando 2850 participantes. Organizaram e promoveram o evento 05 instituições: UDESC, UFFS, FAMEMA (Faculdade de medicina de Marilia/SP), Universidad de Sevilla e Esalq-USP. Sendo a equipe de trabalho constituída por servidores e estudantes de graduação e pós-graduação de diversas instituições do país e exterior, com membros oriundos de diversas áreas do conhecimento como: engenharias (3), enfermagem (2), educação física (1), economia (1), agronomia (1) e pedagogia(1). Na avaliação das atividades observou-se os seguintes desafios na realização dessa experiência: a) o trabalho de modo interdisciplinar, pois todos trabalhavam em todos os eixos e oficinas em forma de rodízio e não apenas em suas especialidades, o fato foi gerador de certo tensionamento pois há cursos que não possuem em sua grade curricular determinadas disciplinas e áreas do conhecimento; b) o trabalho intensivo sem o conhecimento prévio dos membros da equipe, chegando até 14 horas por dia entre planejamento, execução e avaliação; c) o desconhecimento da equipe em relação ao lugar, destaca-se que para alguns integrantes foi a primeira vez que estavam afastados sozinhos e por tanto tempo longe de casa. Como mecanismo gerador de conhecimento, destacam-se: a) o aprendizado de questões didático-pedagógica nas oficinas planejadas; b) a capacidade de atuação e aprendizado interdisciplinar; c) o atendimento e acolhimento da comunidade. Conclui-se que o objetivo do evento foi contemplado, entretanto em todas as áreas do conhecimento faz-se necessário melhorar ou incluir a interdisciplinaridade e o trabalho em equipe. Assim como, ressalta-se que uma educação emocional e ética também devem estar incluídas para a formação de do profissional da Universidade.
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Sem referências por se tratar de resumo.
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Submeto o trabalho apresentado como texto original à Comissão Editorial do XIII SEPE e concordo que os direitos autorais, a ele referente, se torne propriedade do Anais do XIII SEPE da UFFS.