QUALIDADE FÍSICA DE SEMENTES DE FEIJÃO PRETO EM FUNÇÃO DA TEMPERATURA DE SECAGEM

Autores

  • Carla Pasinato Universidade Federal da Fronteira Sul- Erechim
  • Guilherme Tiburski Universidade Federal da Fronteira Sul- Erechim
  • Mauricio Albertoni Scariot Universidade Federal da Fronteira Sul- Erechim
  • Patricia Mara de Almeida Universidade Federal da Fronteira Sul- Erechim
  • Josiel Ricardo Toni Universidade Federal da Fronteira Sul- Erechim
  • Francisco Wilson Reichert Júnior Universidade Federal da Fronteira Sul- Erechim
  • Michele Renata Revers Meneguzzo Universidade Federal da Fronteira Sul- Erechim
  • Fernando José Babinski Universidade Federal d fronteira Sul- Erechim
  • Lauri Lourenço Radünz Universidade Federal d fronteira Sul- Erechim

Palavras-chave:

Phaseolus vulgaris L., Danos térmicos, Peso de mil sementes, Peso hectolitro, Condutividade elétrica,

Resumo

As sementes têm maior potencial de qualidade física próximo ao ponto de maturidade fisiológica. A antecipação da colheita visa a retirada das sementes do campo o mais próximo da maturidade fisiológica, evitando assim,os danos ocasionados pelas condições climáticas. Diante disso, a secagem artificial torna-se indispensável para a redução do teor de água das sementes, possibilitando o armazenamento. A temperatura de secagem é um dos principais fatores na secagem e, se aplicada de forma equivocada, pode ocasionar danos irreversíveis ou até mesmo a morte da semente. Sendo assim, o objetivo foi avaliar o efeito da secagem sobre a qualidade física de sementes de feijão preto (Phaseolus vulgaris L.) colhidas na maturidade fisiológica. O experimento foi conduzido sob delineamento experimental inteiramente casualizado, com quatro repetições. Foram utilizadas sementes de feijão preto, cultivar BRS Campeiro, obtidas de cultivo na área experimental da UFFS, câmpus Erechim/RS. A colheita e a trilha foram realizadas manualmente, próximo ao ponto de maturidade fisiológica, momento que as sementes apresentavam teor de água de 35,2%, além da testemunha, seca naturalmente no campo, colhida com teor de água de 12%. As sementes foram submetidas à secagem em estufa com circulação forçada de ar nas temperaturas de 30, 35, 40, 45 e 50 ºC, até atingirem teor de água de 12%. A avaliação da qualidade física foi realizada por meio do teste de condutividade elétrica e determinação do peso hectolitro e peso de mil sementes. Os dados obtidos foram submetidos à análise de variância pelo teste F (P≤0,05) e as médias foram comparadas pelo teste de Tukey (P≤0,05). Para comparar os tratamentos com a testemunha foi aplicado o teste de Dunnett (P≤0,05). O peso hectolitro, assim como o peso de mil sementes, reduziram de acordo com o aumento da temperatura de secagem, sendo observado decréscimo a partir da temperatura de 30 ºC. Este resultado pode estar relacionado aos danos provocados pelas altas temperaturas, como trincas e fissuras, os quais reduzem a qualidade física das sementes. Quando comparado com a testemunha, o peso hectolitro foi maior estatisticamente nas sementes colhidas na maturidade fisiológica, independente da temperatura de secagem a que foram expostas. Já em relação ao peso de mil sementes, somente a temperatura de 50 ºC não apresentou diferença em relação a testemunha sem secagem, sendo que as demais obtiveram valores superiores estatisticamente. A condutividade elétrica das sementes aumentou com a elevação da temperatura de secagem, indicando redução da qualidade física. Este resultado é decorrente das elevadas taxas de retirada de água pelas altas temperaturas de secagem, o que ocasiona ruptura das membranas celulares e, consequentemente, aumento da quantidade de lixiviados, elevando assim a condutividade elétrica.Sementes expostas a temperaturas acima de 35 ºC apresentaram condutividade elétrica estatisticamente igual às sementes obtidas na testemunha com secagem natural no campo, exceto a temperatura de 50 ºC, a qual apresentou condutividade elétrica superior a testemunha. O aumento da temperatura de secagem, assim como a secagem natural a campo, ocasionam a redução da qualidade física de sementes de feijão preto.

Biografia do Autor

  • Carla Pasinato, Universidade Federal da Fronteira Sul- Erechim
    Acadêmico do curso de agronomia UFFS/ Erechim/RS, Bolsista de iniciação cientifica CNPq 16/17
  • Guilherme Tiburski, Universidade Federal da Fronteira Sul- Erechim
    Acadêmico do curso de agronomia da UFFS, câmpus de Erechim/RS
  • Mauricio Albertoni Scariot, Universidade Federal da Fronteira Sul- Erechim
    Mestrandos do programa de  pós graduação em ciência e tecnologia ambiental  e Bolsistas CAPES/UFFS
  • Patricia Mara de Almeida, Universidade Federal da Fronteira Sul- Erechim
    Acadêmico do curso de agronomia da UFFS, câmpus de Erechim/RS
  • Josiel Ricardo Toni, Universidade Federal da Fronteira Sul- Erechim
    Acadêmico do curso de agronomia da UFFS, câmpus de Erechim/RS
  • Francisco Wilson Reichert Júnior, Universidade Federal da Fronteira Sul- Erechim
    Mestrandos do programa de  pós graduação em ciência e tecnologia ambiental  e Bolsistas CAPES/UFFS
  • Michele Renata Revers Meneguzzo, Universidade Federal da Fronteira Sul- Erechim
    Acadêmico do curso de agronomia da UFFS, câmpus de Erechim/RS
  • Fernando José Babinski, Universidade Federal d fronteira Sul- Erechim
    Acadêmico do curso de agronomia da UFFS, câmpus de Erechim/RS
  • Lauri Lourenço Radünz, Universidade Federal d fronteira Sul- Erechim
    Orientador e professor do curso de Agronomia UFFS, câmpus de Erechim/RS

Downloads

Publicado

22-11-2016

Edição

Seção

Campus Erechim - Projetos de Pesquisa