PROPOSTA ARQUITETÔNICA PARA A SEDE DO GRUPO DE ESCOTEIROS ACAUÃ
Palavras-chave:
ensino de arquitetura, processo de projeto, integração com a comunidade, baixo impacto ambiental, técnicas e materiais construtivos.Resumo
O presente trabalho apresenta a experiência do projeto de extensão “Proposta arquitetônica para a sede do Grupo de Escoteiros Acauã”, Edital 804/UFFS/2014, desenvolvido no âmbito do LabCroki (Laboratório de Ensino, Investigação e Projeto em Arquitetura e Urbanismo) do Curso de Arquitetura e Urbanismo, Campus Erechim/RS. A cidade de Erechim conta com o Grupo de Escoteiros Acauã, o qual foi fundando em 1981 com o objetivo de atuar na educação não formal e formação ética do carácter de crianças e jovens segundo os conceitos inerentes à lei escotista, sendo que possui atualmente 89 membros entre crianças, escoteiros, sêniors e chefes, além dos demais colaboradores. A SAGA (Sociedade de Amigos do Grupo Acauã), associação civil sem fins lucrativos, atua como mantenedora do Grupo, sendo que todo recurso financeiro é oriundo de eventos de confraternização e doações da sociedade erechinense. Em 2014, o Grupo recebeu da Prefeitura Municipal de Erechim a doação de um terreno no Bairro Três Vendas para a construção de sua edificação sede, sendo o lote adjacente a área verde institucionalizada, a qual servirá de apoio para a realização de atividades escotistas ao ar livre. Considerando este lote, a SAGA solicitou ao LabCroki o planejamento da referida edificação. A fim de atender tal demanda, o projeto de extensão teve como objetivos elaborar a proposta de anteprojeto arquitetônico e propiciar aos acadêmicos bolsista e voluntários uma experiência singular de processo de projeto arquitetônico do ponto de vista do objeto projetado e da interação com o grupo de escoteiros e membros da SAGA. A metodologia do projeto de extensão dividiu-se em quatro fases: na primeira e segunda fases ocorreu a aproximação com o objeto de estudo, em que foram realizadas pesquisas bibliográficas, de campo, estudos de casos similares, investigação dos condicionantes e estudos do partido projetual, o que culminou, no final da segunda etapa, no estudo preliminar arquitetônico. Na terceira fase desenvolveu-se propriamente o anteprojeto final, e, por fim, na quarta etapa a divulgação do trabalho para a comunidade acadêmica e a elaboração de relatórios finais. O processo projetual, o qual permeou as três primeiras fases, desenvolveu-se de modo integralmente participativo: foram realizadas reuniões com a SAGA, participação dos membros do grupo de extensão nas atividades escotistas do Grupo Acauã, levantamentos no terreno, seminários de pesquisas sobre materiais e técnicas construtivas de baixo impacto ambiental, discussões e orientações com os docentes, confecções de maquetes e desenhos arquitetônicos. O anteprojeto resultou em solução arquitetônica voltada para as necessidades específicas das atividades escotistas e respeito às árvores existentes no lote, bem como emprego de materiais e técnicas construtivas alinhados com o viés da bio-arquitetura. A elaboração do anteprojeto arquitetônico para a edificação sede do Grupo de Escoteiro Acauã, além da parceria da Universidade Federal da Fronteira Sul com a comunidade erechinense, foi um modo de inserir os acadêmicos no contexto de uma arquitetura inclusiva capaz de compreender necessidades específicas de segmentos sociais, bem como ressaltar em suas formações a consciência socioambiental.
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