AVALIAÇÃO DE COMPONENTES DO RENDIMENTO EM PESSEGUIRO CV. BRS LIBRA ENXERTADO SOBRE DIFERENTES PORTA-ENXERTOS
Palavras-chave:
Produtividade estimada, Prunus persica, Fruticultura.Resumo
No Brasil, a influência do porta-enxerto sobre o comportamento das plantas frutíferas já é conhecida, no entanto, para um pequeno número de espécies. Diante disso, o objetivo com este trabalho foi avaliar o comportamento produtivo da cultivar copa de pessegueiro BRS Libra enxertada em diferentes porta-enxertos propagados assexuadamente. O pomar utilizado faz parte de uma rede nacional de avaliação de porta-enxertos para prunáceas coordenada pela Embrapa Clima Temperado. O pomar utilizado, encontra-se no segundo ano de cultivo e está localizado na área experimental da Universidade Federal da Fronteira Sul, Campus Chapecó. Para este experimento foram utilizadas plantas de pessegueiro cv. BRS Libra enxertadas sobre diferentes porta-enxertos propagados por estacas herbáceas, sendo eles ‘Cadaman’, ‘Clone 15’, ‘Barrier’, ‘I-67-52-4’, ‘México Fila 1’ e ‘Okinawa’. O espaçamento entre as plantas é de 5 metros entre linhas e dois metros entre plantas (1000 plantas ha-1). As variáveis analisadas foram, número de frutos produzidos por planta: obtido através da contagem do número de frutos produzidos por cada planta; massa média do fruto: obtida com uma amostra de 15 frutos por planta; produtividade estimada: obtida através do número de frutos por planta x massa média do fruto x número de plantas por hectare. O delineamento experimental utilizado foi o de blocos ao acaso com seis tratamentos e quatro repetições, sendo que cada repetição foi composta por uma planta. As plantas enxertadas sobre o porta-enxerto ‘México Fila 1’ produziram o maior número de frutos (45 frutos planta-1), seguidas das plantas enxertadas sobre os porta-enxertos ‘I-67-52-4’ e ‘Okinawa’ (média de 41 frutos planta-1). Enquanto que as plantas enxertadas sobre os porta-enxertos ‘Cadaman’ e ‘Barrier’ (média de 31 frutos planta-1), apresentaram um dos menores números de frutos produzidos, sendo superior apenas, às plantas enxertadas sobre o porta-enxerto ‘Clone 15’ (15 frutos planta-1), as quais apresentaram o menor número de frutos produzidos. Porém quando analisado a massa média dos frutos, as plantas enxertadas sobre o porta-enxerto ‘Clone 15’ apresentaram o maior valor (89,18g), não diferindo das plantas enxertadas sobre o porta-enxerto ‘Barrier’ (80,90g). A menor massa média do fruto foi encontrada nas plantas enxertadas sobre os porta-enxertos ‘Cadaman’, ‘I-67-52-4’, ‘México Fila 1’ e ‘Okinawa’ (média de 69,71g). A maior produtividade estimada foi obtida em plantas enxertadas sobre os porta-enxertos ‘I-67-52-4’, ‘México Fila 1’ e ‘Okinawa’ (média de 3,09 t ha-1). A maior produtividade estimada destas plantas, mesmo tendo apresentado os menores valores de massa média do fruto, é resultante do maior número de frutos produzidos. As plantas enxertadas sobre o porta-enxerto ‘Clone 15’ (1,38 t ha-1), mesmo tendo apresentado a maior massa média do fruto, apresentaram a menor produtividade estimada, devido ao menor número de frutos produzidos. As plantas enxertadas sobre os porta-enxertos ‘Cadaman’ (1,83 t ha-1) e ‘Barrier’ (2,54 t ha-1) apresentaram-se como intermediárias em relação a produtividade estimada. Conclui-se que os porta-enxertos ‘I-67-52-4’, ‘México Fila 1’ e ‘Okinawa’ propiciam maior produtividade, porém frutos de menor tamanho às plantas, enquanto que o porta-enxerto ‘Clone 15’ produz frutos maiores, porém propicia menor produtividade. Entretanto, é necessário dar continuidade as avaliações.Downloads
Publicado
21-11-2016
Edição
Seção
Campus Chapecó - Projetos de Pesquisa
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