RETARDO NA COLHEITA SOBRE O DESEMPENHO FISIOLÓGICO DE SEMENTES DE FEIJÃO PRETO

Autores

  • Josiel Ricardo Toni Universidade Federal da Fronteira Sul - campus Erechim
  • Mauricio Albertoni Scariot Universidade Federal da Fronteira Sul - Campus Erechim
  • Carla Pasinato Universidade Federal da Fronteira Sul - campus Erechim
  • Patricia Mara de Almeida Universidade Federal da Fronteira Sul - Campus Erechim
  • Guilherme Tiburski Universidade Federal da Fronteira Sul - Campus Erechim
  • Francisco Wilson Reichert Júnior Universidade Federal da Fronteira Sul - Campus Erechim
  • Michele Meneguzzo Universidade Federal da Fronteira Sul - Campus Erechim
  • Silvia Cristina Costuchenko Universidade Federal da Fronteira Sul - Campus Erechim
  • Leandro Galon Universidade Federal da Fronteira Sul - Campus Erechim
  • Lauri Lourenço Radunz Universidade Federal da Fronteira Sul - Campus Erechim

Palavras-chave:

Phaseolus vulgaris L. Teor de água. Germinação. Vigor. Índice de velocidade de germinação.

Resumo

É na maturidade fisiológica que as sementes atingem o máximo desempenho fisiológico. Porém, neste período possuem altos teores de água, o que dificulta a colheita mecânica. Desta forma, são deixadas no campo até que atinjam o teor de água que possibilite a colheita, ao passo que ficam suscetíveis às condições climáticas, o que pode ocasionar perda de qualidade. Sendo assim, o objetivo foi avaliar a qualidade fisiológica de sementes de feijão preto (Phaseolus vulgaris L.) colhidas com diferentes teores de água. O experimento foi realizado conforme o delineamento inteiramente casualisado, com quatro repetições. Foram utilizadas sementes de feijão preto, cultivar BRS Campeiro, oriundas do cultivo na área experimental da Universidade Federal da Fronteira Sul – câmpus Erechim, RS. A colheita e a trilha foram realizadas manualmente, quando as sementes atingiram os teores de água de: 53,8, 35,2, 25,2, 16,6 e 13,5%. Após as sementes foram secas em estufa, com circulação forçada de ar, com temperatura máxima de 38º C, até que atingissem teor de água de aproximadamente 12%. A avaliação da qualidade fisiológica das sementes foi realizada por meio dos testes de germinação, envelhecimento acelerado e índice de velocidade de germinação. Os dados obtidos foram submetidos a análise de variância, pelo teste F (P≤0,05), e as médias foram comparadas pelo teste de Tukey (P≤0,05).  Não houve interferência do retardo na colheita sobre a germinação. Este resultado pode ser devido ao fato de que o teste de germinação oferece condições ideias para a germinação das sementes e, além disso, sementes de feijão não apresentam dormência fisiológica, ou seja, estão aptas a germinar logo após a maturidade do embrião. De acordo com o teste de envelhecimento acelerado, o vigor das sementes foi maior nas colheitas realizadas com teores de água de 25,2 e 16,6%, sendo que as demais colheitas não apresentaram diferença estatística entre si, proporcionando sementes com menor vigor. Em relação as colheitas realizadas com os teores de água de 53,8 3 35,2% a redução do vigor pode estar relacionada com a maior quantidade de sementes imaturas, visto que o feijoeiro apresenta crescimento indeterminado e, portanto, maturação fisiológica desuniforme, sendo que as sementes podem até germinar, mas não possuem reservas acumuladas suficiente para se desenvolver. Já em relação a colheita realizada com teor de água de 13,5%, a redução do vigor pode ser devida ao retardo na colheita, o qual proporciona condições inadequadas para a conservação das sementes, ocasionando aumento na respiração e, consequentemente, a degradação das reservas. O índice de velocidade de germinação foi maior com o atraso na colheita. Este fato deve-se à presença de hormônios que retardam a germinação das sementes próximo a maturidade fisiológica, os quais com o passar do tempo, devido a dessecação natural, são metabolizados e a germinação passa a ser controlada pelo teor de água. A germinação e o índice de velocidade de germinação de sementes de feijão preto não reduziram devido ao retardo na colheita. As sementes com maior vigor foram colhidas com teor de água de 25,2 e 16,6%.

Biografia do Autor

  • Josiel Ricardo Toni, Universidade Federal da Fronteira Sul - campus Erechim
    Acadêmico do curso de Agronomia da Universidade da Fronteira Sul - campus Erechim. Bolsista da FAPERGS na área de produção, tecnologia, beneficiamento e pós-colheita de sementes e grãos.
  • Mauricio Albertoni Scariot, Universidade Federal da Fronteira Sul - Campus Erechim
    Mestrando do Programa de Pós-Graduação em Ciência e Tecnologia Ambiental, UFFS, Câmpus Erechim, Bolsista CAPES/UFFS.
  • Carla Pasinato, Universidade Federal da Fronteira Sul - campus Erechim
    Acadêmico de Agronomia, Universidade Federal da Fronteira Sul (UFFS), Câmpus Erechim/RS
  • Patricia Mara de Almeida, Universidade Federal da Fronteira Sul - Campus Erechim
    Acadêmico de Agronomia, Universidade Federal da Fronteira Sul (UFFS), Câmpus Erechim/RS
  • Guilherme Tiburski, Universidade Federal da Fronteira Sul - Campus Erechim
    Acadêmico de Agronomia, Universidade Federal da Fronteira Sul (UFFS), Câmpus Erechim/RS
  • Francisco Wilson Reichert Júnior, Universidade Federal da Fronteira Sul - Campus Erechim
    Mestrando do Programa de Pós-Graduação em Ciência e Tecnologia Ambiental, UFFS, Câmpus Erechim, Bolsista CAPES/UFFS
  • Michele Meneguzzo, Universidade Federal da Fronteira Sul - Campus Erechim
    Acadêmico de Agronomia, Universidade Federal da Fronteira Sul (UFFS), Câmpus Erechim/RS
  • Silvia Cristina Costuchenko, Universidade Federal da Fronteira Sul - Campus Erechim
    Acadêmico de Agronomia, Universidade Federal da Fronteira Sul (UFFS), Câmpus Erechim/RSsilviacostu@yahoo.com.br
  • Leandro Galon, Universidade Federal da Fronteira Sul - Campus Erechim
    Professor Dr. Sc. em Fitotecnia, Curso de Agronomia, Universidade Federal da Fronteira Sul, (UFFS), Câmpus Erechim/RS
  • Lauri Lourenço Radunz, Universidade Federal da Fronteira Sul - Campus Erechim
    Professor/Orientador Dr. em Engenharia Agrícola, Curso de Agronomia, Universidade Federal da Fronteira Sul (UFFS), Câmpus Erechim/RS

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Publicado

21-11-2016

Edição

Seção

Campus Erechim - Projetos de Pesquisa