IMPLANTAÇÃO DE UM RESTAURANTE UNIVERSITÁRIO POR CONCESSÃO SUSTENTÁVEL NO SUDOESTE DO PARANÁ: ESTUDO DE CASO

Resumo

Visando a permanência dos acadêmicos nas universidades, surgem programas de apoio aos estudantes, especialmente a aqueles que encontram - se em vulnerabilidade social. Estes objetivam a destinação de recursos para resolução de questões estudantis, dentre as quais a alimentação está inclusa. Para isso, os serviços a serem ofertados na Instituição estudada optou pela concessão sustentável com uma série de condicionalidades, um modelo inexistente no Brasil, e que se baseou no caráter social da própria instituição. O presente trabalho tem por objetivo apresentar a análise do termo de referência da concessão sustentável não-onerosa praticada entre uma universidade do sudoeste paranaense e uma empresa cessionária, visto que esta é a primeira experiência deste modelo de concessão. Avaliou-se esta investida a partir do olhar da nutricionista responsável técnica do local e das estagiárias do curso de Nutrição da universidade em questão, bem como da professora nutricionista orientadora de estágio.  Além disso, utilizou-se pesquisa documental, a fim de subsidiar os aspectos abordados. A partir da análise do termo de referência, percebeu-se que há concessão sustentável não onerosa da área física e equipamentos para a empresa cessionária fica isenta dos valores de aluguel, água, energia elétrica e internet. No entanto, deve produzir e distribuir as refeições, com o fornecimento de insumos, materiais, mão de obra e custeio de telefone, manutenção da área física concedida, manutenção preventiva e corretiva dos equipamentos. Assim, percebeu-se que, com exceção dos custos com manutenção, os demais beneficiam a cessionária. A partir deste contexto foi possível observar que os custos da cessionária são diretamente proporcionais as suas responsabilidades, e o volume de refeições contratual é superior a demanda local, tornando – se insuficiente para cobrir os custeios sob encargo da cessionária, sobretudo no que tange a manutenção predial e de equipamentos, levando em consideração a qualidade destes últimos, uma vez que requerem manutenção freqüente e são provenientes de licitação por menor custo. No que se refere ao cardápio, a cessionária apresenta dificuldades na implementação das compras sustentáveis.