O ENSINO DO FEMINISMO NEGRO ATRAVÉS DAS FILÓSOFAS QUE DISCUTEM E INTERLIGAM QUESTÕES DE GÊNERO, RAÇA E CLASSE NAS PRÁTICAS DO PIBID
Palavras-chave:
filosofia, feminismo negro, libras, Intelectuais negras, Pensamento crítico , Racismo EstruturalResumo
Recentemente, os acadêmicos Vanessa , Alex e Brunna do curso de Filosofia e também Licenciatura atuantes do projeto PIBID realizaram a elaboração de um plano de aula construído no âmbito da EEB Prof. Nelson Horostecki sob a orientação do coordenador do projeto, Professor Dr. Odair Neitzel e supervisor escolar Prof. Luiz Carlos de Abreu, tal planejamento teve como tema central discutir e apresentar as intelectuais negras que contribuíram para transformar a história do pensamento filosófico encaminhando ao protagonismo negro, abordando como subtema a questão da desigualdade salarial das mulheres negras no mercado de trabalho, a problemática do racismo estrutural e a interseccionalidade entre gênero, raça e classe, que perpassam nossa sociedade atual. O presente trabalho foi pensado para ser aplicado na turma do primeiro ano do Ensino Médio, com a duração de cinco aulas, o plano propõe um percurso didático que inicia com músicas de artistas brasileiros engajados, como Emicida, Racionais e Bia Ferreira, além de uma charge sobre a exaltação do feminismo negro, de modo a aproximar/introduzir os alunos à temática. A partir de uma situação-problema que apresenta dados sobre disparidades salariais, os estudantes são convidados a refletir sobre as causas e consequências do racismo estrutural, em especial os impactos sofridos pelas mulheres negras, e na sequência conhecer três filósofas negras que se destacaram no debate sobre raça, gênero e classe, sendo elas duas brasileiras Djamila Ribeiro, Lara Luísa e a estadunidense Angela Davis. Por meio de discussões orientadas, pesquisas em grupos e a construção de quadros criativos, os alunos desenvolvem tanto a capacidade crítica quanto a valorização da diversidade cultural e linguística, já que o plano também incorpora a introdução de sinais básicos em Libras como forma de inclusão. A avaliação se dá pela elaboração e exposição dos quadros criativos, pela socialização dos sinais em Libras e discussão de perguntas voltadas ao pensamento desenvolvido pelas filósofas estudadas, também em torno de evidências reais, experiências pessoais a serem dialogadas e etc. Ademais, a produção final de um glossário de termos e conceitos filosóficos, reforçando a integração entre o conteúdo da área da filosofia, consciência social e práticas inclusivas para ficar exposto em sala de aula. Em suma, ao articular o pensamento crítico, questões sociais e linguísticas, como o estímulo de práticas de Libras, este plano de aula se mostra relevante para contribuir para a formação de sujeitos mais sensíveis à diversidade, comprometidos com a justiça social e capazes de exercer protagonismo em sua trajetória escolar e cidadã.
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