OFICINA DE OTIMIZAÇÃO DE ESTUDOS PARA INGRESSANTES NA UFFS
Palavras-chave:
Ensino superior, Permanência estudantil, Ingressantes, Estratégias de aprendizagemResumo
Ao ingressar em um curso de graduação, o acadêmico poderá enfrentar desafios como: adaptação à nova rotina, ao ambiente acadêmico e a gestão do tempo para conciliar estudos com trabalho e vida pessoal. Surgem novas demandas devido a essa mudança de nível educativo, caracterizado por maior protagonismo acadêmico, pressão por desempenho, diferentemente do vivido durante o Ensino Médio. Almejando orientar os calouros nessa adaptação ao Ensino Superior, desenvolvemos, no campus Laranjeiras do Sul, oficinas intituladas “Otimização de estudos: estratégias e métodos”, que foram ministradas no primeiro semestre do ano letivo de 2025. As oficinas, com duração de 2 horas, foram ministradas em horários regulares das aulas dos cursos e agendadas pelo professor coordenador de cada curso, objetivando maior participação, especialmente dos estudantes do período noturno que são, em sua maioria, trabalhadores no diurno. Os ministrantes foram dois servidores técnico-administrativos do campus, sendo uma Pedagoga e um Técnico em Assuntos Educacionais, ambos graduados em Pedagogia e com trajetória na pesquisa e pós-graduação em Educação, em nível de doutorado. Ao final de cada oficina, os participantes responderam a um questionário eletrônico em que poderiam informar seu grau de aproveitamento, de interesse e de expectativas futuras com os conteúdos desenvolvidos na oficina. Durante o primeiro semestre letivo de 2025, foram acolhidos os acadêmicos dos cursos Administração, Agronomia, Ciências Econômicas, Ciências Sociais, Engenharia de Alimentos, Engenharia de Aquicultura e Engenharia Química. Durante as oficinas, os acadêmicos mostraram-se participativos e atentos às discussões. Em alguns momentos teciam relações entre os conteúdos da oficina e a sua realidade. Acreditamos que essas relações são necessárias para que os estudantes problematizem a sua vida acadêmica, os desafios e as mudanças pelos quais passam nesse período de adaptação no primeiro semestre. Nas respostas ao formulário eletrônico, observamos que a maioria dos respondentes indicou que “Os conteúdos da oficina” são “pertinentes a minha realidade”, sugerindo que a atividade conseguiu problematizar a realidade dos ingressantes. Em outra questão “Quanto aos exemplos de dificuldade para a organização dos estudos apresentados na oficina”, houve alto alinhamento com a resposta “Me identifiquei com a maioria deles”. Em uma questão aberta, foi solicitado que indicassem um ponto positivo e um ponto negativo da oficina. Transcrevemos algumas respostas: “Ponto Positivo - mostrar dicas/métodos práticos de como melhorar a forma de estudos e rendimentos. Não observei pontos negativos”. Já outro acadêmico citou: “Ponto positivo me auxiliou a compreender que a faculdade exige uma organização da rotina, como trabalho o dia todo o que me chama atenção é a necessidade de organização do tempo para estudar e também o ambiente, visto que tenho algumas dificuldades com equipamentos, estudo pelo celular, e preciso investir em melhores condições. Ponto negativo não identifiquei”. Esses excertos indicam que os conteúdos da oficina foram significativos para os acadêmicos, devido a extensão da lista de pontos positivos, o envolvimento durante a explanação e as discussões dos participantes. Assim sendo, consideramos que atividades como esta são necessárias para integrar e acolher os ingressantes no Ensino Superior. Muitos acadêmicos, pela primeira vez, se sentem desafiados a estudar com mais empenho e, caso não consigam ter aproveitamento satisfatório, podem ter sua motivação para aprender reduzida. Necessitamos, enquanto Universidade pública e popular, elaborar estratégias de acolhimento, integração e acompanhamento dos acadêmicos, principalmente dos ingressantes, de forma a garantir as condições de permanência com sucesso.
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