REVISÃO INTEGRATIVA DA LITERATURA: A INFLUÊNCIA DO DESMATAMENTO E DAS MUDANÇAS AMBIENTAIS NOS CASOS DE ESPOROTRICOSE NO BRASIL

Autores

  • Emily Santos Rodrigues UFFS Campus Realeza
  • Ana Carolina Freitas Maciel
  • Ana Clara Martins Mariano
  • Ana Clara Avelino
  • Emyle Ferreira Florentino
  • Lincoln Gonçalves Marcílio
  • Naiana Mirela Sabbi
  • Dalila Moter Benvegnú

Palavras-chave:

Zoonose, Urbanização, Fungo

Resumo

A esporotricose é uma doença causada pelo fungo do gênero Sporothrix, o qual pode ser encontrado em ambiente florestal, urbano e em matérias orgânicas em decomposição. Ela é considerada uma zoonose por ter a capacidade de contaminar tanto animais como humanos, sendo transmitida por meio do contato do agente etiológico via lesões na pele, como arranhões e mordidas. O gato doméstico é considerado o principal reservatório e transmissor, visto que, frequentemente possui acesso à rua, tornando a contaminação mais fácil de acontecer por ter a possibilidade de entrar em contato com a terra, árvores e galhos. O surgimento de doenças zoonóticas nos centros urbanos e os aumentos da incidência de casos sofre influência de fatores ambientais, como o desmatamento e a expansão urbana, que contribuem para alterações climáticas, favorecendo condições propícias para a formação e a disseminação da doença. O objetivo dessa pesquisa é evidenciar a importância e a influência que o meio ambiente tem sobre as doenças zoonóticas no país e de como o aumento da incidência de casos sofre  influência da ação humana,  seja ela por meio do desmatamento e das mudanças climáticas. Foi realizada pesquisas em plataformas de busca científica, como SciELO e Google Acadêmico. As palavras-chave utilizadas foram: “zoonosis”, “sporotrichosis” e “deforestation”. Para achar os artigos científicos e documentos governamentais necessários, o critério utilizado foi selecionar as pesquisas que abordavam a relação entre a esporotricose nos grandes centros urbanos com a crescente urbanização e degradação do ambiente. Os estudos analisados apresentaram que a ação antrópica sobre o ambiente contribui para a disseminação da esporotricose, visto que o desmatamento dos habitats naturais dos fungos favorece sua expansão até a chegada aos centros urbanos. Além disso, com as mudanças climáticas, os fungos tendem a adaptar-se e a tornar-se mais resistentes a temperaturas mais altas, aumentando sua patogenicidade. A esporotricose se manifesta clinicamente através de lesões cutâneas, localizadas nos sítios da inoculação do agente etiológico, podendo também formar nódulos e afetar o sistema linfático, o que por sua vez induz o comprometimento de órgãos em casos mais graves. Diante desse cenário, é de suma importância a efetividade da saúde única, com ações coletivas entre as diferentes esferas da sociedade para garantir um bem-estar coletivo. Por fim, é possível concluir que o crescimento dos centros urbanos, com degradações ambientais e o favorecimento de mudanças climáticas possam influenciar nos casos da esporotricose, urgindo mais estudos sobre os impactos ambientais, visando a preservação e a saúde única.

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Publicado

24-10-2025

Edição

Seção

Ciências Agrárias - Pesquisa - Campus Realeza