ROCHAS E FÓSSEIS: UMA SEQUÊNCIA DE ENSINO INVESTIGATIVA NO 6º ANO

Autores

  • Karin Eduarda Binsfeld UFFS - UNIVERSIDADE FEDERAL DA FRONTEIRA SUL
  • Nathália Sartori Andretti. Universidade Federal da Fronteira Sul - Realeza.
  • Mayara Bonassa Pedroso. Universidade Federal da Fronteira Sul - Realeza.
  • Barbara Grace Tobaldini de Lima Universidade Federal da Fronteira Sul - Realeza.
  • Marcia da Costa. Universidade Federal da Fronteira Sul - Realeza.
  • Alessandra Bortolotto Baptista. Colégio Estadual João Paulo II - Realeza

Palavras-chave:

Ensino investigativo, Rochas, Fósseis.

Resumo

O ensino de Ciências, pode acontecer a partir de diferentes abordagens, porém as  metodologias investigativas podem favorecer a aprendizagem aproximando os alunos da prática científica. A investigação no ensino tem como objetivo desenvolver habilidades cognitivas, procedimentos científicos (como formular hipóteses e analisar dados) e a capacidade de argumentação, contribuindo para o pensamento crítico e a autonomia intelectual dos alunos.

      As atividades investigativas devem propor situações-problema abertas, estimular a formulação de hipóteses, planejamento experimental, reflexão crítica, debate coletivo e a consideração das dimensões Ciência-Tecnologia-Sociedade (CTS). Nessa perspectiva, a atividade investigativa é a base da Sequência de Ensino Investigativa (SEI), mas não se confunde com ela: enquanto a primeira pode ocorrer de forma pontual, a SEI organiza um conjunto dessas atividades em sequência didática, articulada a objetivos mais amplos e à construção gradual do conhecimento científico.

       Neste contexto de estimular as habilidades cognitivas dos estudantes, elaboramos e desenvolvemos uma Sequência de Ensino Investigativa (SEI) intitulada "Rochas e Fósseis- A história da Terra em nossas mãos". A atividade foi aplicada para 20 estudantes do 6º ano do ensino fundamental em uma escola estadual do sudoeste do Paraná a partir do Programa PIBID, no período de 12 de Junho de 2025 á 26 de Junho de 2025. A proposta teve duração de 6 aulas de 50 minutos e buscou reconhecer as características e origens das rochas ígneas, sedimentares e metamórficas; compreender os processos de formação e identificação dos fósseis; relacionar fósseis e rochas sedimentares no contexto do tempo geológico; e estimular habilidades de observação, comparação, inferência, reflexão, formulação de hipóteses e trabalho em grupo.

      A  sequência de ensino investigativa foi estruturada em cinco etapas: contextualização do tema; onde foram explicadas as diferentes tipos de rochas (ígneas, sedimentares e metamórficas), como são formadas, de que materiais são originadas, e onde são encontradas na natureza, na explicação também foi desenvolvido o assunto de fósseis. A partir da contextualização foi desenvolvida a atividade prática “Detetives de Rochas”, que contou com simulação de escavação paleontológica, onde os alunos foram até o pátio da escola procurar diferentes tipos de rochas e fósseis que foram construídos a partir de gesso e espalhados pelo pátio. Na sequência ocorreu a sistematização e análise das evidências no laboratório de ciências com as rochas e fósseis encontrados pelos alunos e ao final a discussão em grupo sobre a atividade. Todas as atividades criadas para o desenvolvimento desta SEI foram planejadas para incentivar a cooperação, o diálogo científico e a aproximação com a prática de um paleontólogo em campo e laboratório.

     Como resultados, observamos que atividades investigativas podem  aumentar o engajamento e interesse dos alunos, com avanços na compreensão dos conceitos trabalhados e maior participação nas discussões coletivas. Apesar de algumas dificuldades (para vocês ou para os alunos?) na diferenciação entre tipos de rochas, a SEI contribuiu para integrar teoria e prática, despertando curiosidade científica e fortalecendo a relação dos estudantes com conteúdos de geologia e paleontologia. Concluímos que a abordagem utilizada reforça a importância de metodologias ativas para o ensino de Ciências no ensino fundamental.

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Publicado

24-10-2025

Edição

Seção

Ciências Biológicas - Ensino - Campus Realeza