IMPACTOS DA LEUCOSE ENZOÓTICA BOVINA NO SISTEMA IMUNOLÓGICO DE BOVINOS: REVISÃO DE LITERATURA

Autores

  • Gabriele Villani de Oliveira Universidade Federal da Fronteira Sul- Campus Realeza
  • Felipe Hister
  • Daniela Iez Wessling
  • Gabriel de Souza Cardoso dos Santos
  • Maria Eduarda de Paula Hoppen
  • Vitor Henrique Mangrich
  • Maiara Garcia Blagitz

Palavras-chave:

Leucose, Linfócitos, Imune, Bovinos

Resumo

O vírus da Leucose Enzoótica Bovina (LEB) possui alta prevalência em rebanhos leiteiros mas em muitos dos casos são subdiagnosticados, sendo assim uma doença silenciosa que acarreta em grandes prejuízos na produção. A LEB pode se manifestar por meio de uma linfocitose persistente que corresponde a maioria dos casos ou na forma de linfossarcoma. O principal meio de transmissão é por meio de procedimentos que envolvam transferência de células sanguíneas de animais infectados para aqueles hígidos, como por exemplo injeções
sem a troca de agulha. Em geral o animal apresenta linfonodomegalia, anorexia, queda na produção e perda de peso acentuada.Neste contexto, a presente revisão analisou artigos publicados sobre o tema em busca dos impactos que a doença pode causar no sistema imune dos animais afetados. A revisão sistemática da literatura foi realizada a partir da busca na base de dados do Portal de Periódicos da CAPES. Foram utilizados os termos “leucose”, “vírus”, “enzoótica”, “sistema imunológico” e “bovino”. Após a pesquisa foram selecionados três artigos. No primeiro estudo foram coletadas amostras de sangue de fêmeas bovinas que foram divididas em três grupos, animais positivos sem linfocitose, animais positivos com linfocitose e negativos. Com esse experimento foi possível observar que os animais acometidos pela LEB com linfocitose persistente (LP), apresentam menor expansão clonal de linfócitos associado a redução da morte celular e redução na expressão de interleucina-2 que é a principal citocina envolvida na proliferação linfocitária, com isso pode-se sugerir que a proliferação linfocitária ocorre nos estágios iniciais da infecção e que a LP se mantém pela modulação do processo apoptótico pelo vírus. O objeto de estudo do segundo artigo buscou avaliar a atividade fagocítica de leucócitos de cinco fêmeas negativas para LEB, cinco fêmeas positivas mas sem linfocitose e cinco fêmeas positivas para LEB com linfocitose contra a bactéria Staphylococcus aureus. A conclusão foi de que a porcentagem média de fagocitose dos animais negativos e daqueles positivos sem linfocitose foram iguais, entretanto os animais com linfocitose persistente apresentaram diminuição na atividade fagocítica. Por fim no terceiro estudo o objetivo foi avaliar a produção intracelular de peróxido de hidrogênio em leucócitos, foram coletadas amostras de sangue de três grupos com cinco fêmeas bovinas em cada, o primeiro com diagnóstico negativo, o segundo com diagnóstico positivo mas alinfocitóticas e o terceiro com resultado positivo e linfocitose persistente e foram avaliados
por meio da Imunodifusão em Agar Gel. Entretanto, o estudo demonstrou que por mais que se tenha maior quantidade circulante de linfócitos em animais infectados com linfocitose não ocorreu alteração na porcentagem de peróxido de hidrogênio produzido. Com base nos estudos que foram expostos é possível afirmar que o vírus da Leucose Enzoótica Bovina tem
efeito direto no sistema imune do animal principalmente na linhagem celular linfóide acarretando em problemas imunes deixando o animal debilitado e com os sinais clínicos já citados.

Publicado

24-10-2025

Edição

Seção

Ciências Agrárias - Extensão & Cultura - Campus Realeza