RELATOS DA PRIMEIRA REGÊNCIA DE AULA DE UMA PIBIDIANA
Palavras-chave:
PIBID, ensino de ciencias, prática docente, Experiencia formativa, tensão superficialResumo
Este trabalho apresenta o relato de experiência de uma bolsista do Programa Institucional de Bolsa de Iniciação à Docência (PIBID) que, mesmo enfrentando limitações pessoais, como problemas de saúde, insegurança e pouca vivência prática, conduziu, sob supervisão da professora regente, a aplicação de uma atividade de ensino investigativa a respeito do fenômeno da tensão superficial em uma turma do Ensino Fundamental II. A atividade consistiu em uma sequência de atividades experimentais que explorou a influência de fatores como a temperatura da água e os efeitos do uso de detergente no fenômeno da tensão superficial. A proposta teve como objetivo estimular a participação dos alunos, promover a curiosidade científica e favorecer uma postura ativa no processo de aprendizagem. A atividade contou com participação da maioria da turma, que demonstrou interesse e envolvimento em todas as etapas propostas. Ao final da atividade os alunos registraram por escrito seu entendimento a respeito do fenômeno estudado em um questionário. As respostas foram, em geral, satisfatórias, evidenciando que os alunos compreenderam o fenômeno da tensão superficial. Um aspecto especialmente marcante foi a contribuição de um estudante autista, que permaneceu mais reservado durante a execução prática, mas surpreendeu ao apresentar respostas completas e corretas, evidenciando não apenas sua atenção, mas também uma compreensão do conteúdo trabalhado. Durante a prática, evidenciaram-se desafios como a baixa participação de parte da turma, a resistência de alguns estudantes em realizar as atividades e dificuldades de gestão da sala de aula, aspectos que revelaram fragilidades na condução pedagógica e na adequação do planejamento às especificidades do grupo. A experiência ressaltou a importância de estratégias de mediação que favoreçam o engajamento discente e a flexibilidade metodológica diante dos imprevistos, inclusive aqueles relacionados às condições pessoais do professor em formação. Apesar das dificuldades, o momento mostrou-se formativo e contribuiu para o desenvolvimento de competências essenciais à docência, como resiliência, adaptação e aprimoramento do planejamento pedagógico, evidenciando que os primeiros contatos com a prática são fundamentais para fortalecer a identidade profissional e compreender a docência como um processo dinâmico e desafiador.
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