FORMAÇÃO DOCENTE EM PORTUGUÊS LÍNGUA ADICIONAL: EXPERIÊNCIAS DO CENTRO DE LÍNGUAS DA UNIVERSIDADE FEDERAL DA FRONTEIRA SUL
Palavras-chave:
Formação docente, Português Língua Adicional (PLA), ensino de línguas, política linguísticaResumo
Nesta comunicação, apresentamos práticas de formação docente em Português Língua Adicional (PLA) desenvolvidas no Centro de Línguas da Universidade Federal da Fronteira Sul (CELUFFS), campus Chapecó, destacando sua dupla finalidade: promover proficiência em português e espanhol entre brasileiros, imigrantes e refugiados residentes na região e constituir um espaço sistemático de formação inicial e continuada para licenciandos em Letras – Português e Espanhol e pós-graduandos do Programa de Pós-Graduação em Estudos Linguísticos. Ancorado na Política Linguística da UFFS, que prioriza o acolhimento e a integração da população imigrante, o CELUFFS articula ensino, pesquisa e extensão para responder a um cenário local multilíngue e multicultural, tratando a proficiência como direito social e a formação docente como estratégia de inclusão. No âmbito da formação, as atividades se organizam por turmas e carga didática, combinando planejamento, prática em sala e reflexão orientada, com concessão de bolsas via Programa de Línguas da UFFS (Prolin), mediante seleção pública específica; esse arranjo sustenta trajetórias formativas que vinculam desenvolvimento metodológico, avaliação contínua e supervisão pedagógica, ampliando repertórios didáticos e competências interculturais. Para o público imigrante, as ações privilegiam competências sociocomunicativas alinhadas à realidade sociolinguística local, com ênfase na mediação cultural e na circulação em serviços públicos, educação e trabalho; para os bolsistas, consolidam-se saberes profissionais sobre planejamento por gêneros, avaliação formativa, desenho de materiais e manejo de turmas heterogêneas. Em consonância com estudos produzidos, sustenta-se que a prática pedagógica, articulada à teoria, é determinante na formação do professor de línguas, especialmente quando orientada por princípios inclusivos e interculturais. O estudo descreve experiências e elabora reflexões sobre decisões metodológicas e programáticas adotadas em turmas de PLA, discutindo sua pertinência frente às pesquisas recentes do campo e evidenciando o papel socioeducativo do CELUFFS na UFFS e no município de Chapecó. Argumenta-se que o modelo integra formação docente, extensão universitária e políticas linguísticas institucionais, produzindo efeitos concretos de acolhimento e participação cidadã e oferecendo um referencial replicável para outras instituições que enfrentam demandas semelhantes de ensino de línguas a populações em mobilidade.
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