O TRABALHO DE CAMPO COMO ESTRATÉGIA PEDAGÓGICA NA EDUCAÇÃO BÁSICA
Palavras-chave:
Educação Básica; Trabalho de campo; Ensino de Geografia; Aprendizagem significativa; Interdisciplinaridade.Resumo
O trabalho de campo constitui-se em uma prática pedagógica essencial no processo de ensino-aprendizagem da Geografia, especialmente na Educação Básica. Essa atividade possibilita que os estudantes ampliem a compreensão sobre os conteúdos abordados em sala de aula, ao relacionar teoria e prática de forma concreta. A experiência em campo favorece a observação direta da realidade, estimulando o desenvolvimento de habilidades críticas, investigativas e reflexivas nos alunos. Na Educação Básica, o trabalho de campo pode assumir diferentes formatos, desde pequenas saídas nos arredores da escola até visitas a ambientes naturais e urbanos mais complexos. Ao aproximar os estudantes dos fenômenos geográficos, contribui-se para uma aprendizagem significativa, que ultrapassa a memorização de conceitos. A vivência prática permite que os alunos compreendam os processos socioespaciais de forma contextualizada, despertando interesse e engajamento. Além disso, essa estratégia pedagógica promove a interdisciplinaridade, pois articula conhecimentos da Geografia com outras áreas, como História, Ciências e Sociologia. Também possibilita o fortalecimento do vínculo entre escola e comunidade, já que muitos trabalhos de campo envolvem a análise do espaço vivido pelos próprios estudantes. Essa perspectiva valoriza a realidade local como ponto de partida para a compreensão de escalas mais amplas, reforçando a importância do território e da cidadania. No entanto, a realização do trabalho de campo exige planejamento pedagógico adequado, levando em conta objetivos, metodologias, recursos e aspectos de segurança. É fundamental que o professor oriente a atividade antes, durante e após a saída de campo, promovendo discussões, registros e análises que consolidem os conhecimentos adquiridos.
Conclui-se que o trabalho de campo é um recurso didático fundamental para a formação crítica dos estudantes na Educação Básica. Ao possibilitar a articulação entre teoria e prática, fortalece a compreensão espacial, estimula a autonomia intelectual e contribui para a formação de sujeitos capazes de interpretar e intervir na realidade em que estão inseridos.
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