EDUCAÇÃO NÃO-FORMAL E EMPODERAMENTO FEMININO: AS PRÁTICAS DO COLETIVO DE MULHERES DO SUTRAF/AU.
Palavras-chave:
Educação não formal; Agricultura familiar; Empoderamento feminino.Resumo
Este projeto é parte integrante da pesquisa no Mestrado Profissional em Educação/PPGPE – Campus Erechim/RS e propõe investigar a relação entre educação não-formal e emancipação feminina no campo, a partir das práticas do Coletivo de Mulheres do Sindicato dos Trabalhadores na Agricultura Familiar do Alto Uruguai (SUTRAF/AU). O estudo pretende partir do seguinte problema de pesquisa: como as práticas de educação não-formal, promovidas pelo Coletivo de Mulheres, contribuem para a emancipação e o empoderamento das agricultoras familiares, fortalecendo a construção de uma cidadania ativa no campo? O objetivo geral será analisar como essas práticas educativas se articulam à emancipação feminina e ao fortalecimento da participação cidadã. Para isso, foram definidos objetivos específicos, entre os quais estão a contextualização do conceito de educação e sua evolução histórica, resgate da trajetória da educação popular na América Latina, inserção da mulher no sindicalismo rural, caracterização da história e as práticas do SUTRAF e, por fim, a compreensão das ações do Coletivo de Mulheres como experiências de educação não-formal. A pesquisa terá relevância social e acadêmica ao dar visibilidade a um espaço pouco documentado, mas de grande importância para a valorização das agricultoras familiares e para o fortalecimento da agricultura familiar como base do desenvolvimento regional. O estudo buscará ainda contribuir com o campo da Educação Não-Formal, destacando seu papel emancipatório, crítico e formativo. Metodologicamente, a pesquisa pretende adotar uma abordagem qualitativa, envolvendo análise bibliográfica, consulta a documentos da organização sindical e realização de entrevistas semiestruturadas com coordenadoras municipais do Coletivo. O foco será compreender as percepções, trajetórias e práticas que marcam a atuação do grupo desde sua criação, em 2015, e suas formas de articulação no Alto Uruguai. Como produto educacional, pretende-se elaborar um manual prático, construído coletivamente com as coordenadoras municipais, que registre o histórico, valores, objetivos e práticas do Coletivo de Mulheres. Este material pretende servir como instrumento de memória, formação e fortalecimento da participação das agricultoras familiares. Assim, a pesquisa se apresenta como um esforço de registrar, compreender e valorizar a experiência do Coletivo de Mulheres do SUTRAF/AU, destacando suas contribuições para a emancipação feminina, a cidadania ativa e a transformação social no campo.
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