A MONITORIA INTERCULTURAL E A INSERÇÃO DE ALUNOS INDÍGENAS, IMIGRANTES E QUILOMBOLAS NA UFFS – CAMPUS ERECHIM

Autores

  • DAVI DE LIMA universidade Federal da Fronteira Sul
  • Dr. Andreia Ines Hanzel Cerezoli Universidade Federal da Fronteira Sul

Palavras-chave:

dificuldades acadêmico-sociais; isolamento; diversidade cultural.

Resumo

A monitoria intercultural surge como uma ferramenta essencial para estimular a integração de
estudantes de diferentes culturas dentro do ambiente universitário. Este trabalho tem como
objetivo relatar as experiências acadêmicas como monitor no projeto de Monitoria Intercultural:
inserção de alunos indígenas, imigrantes e quilombolas na UFFS – Campus Erechim. Mais do
que auxiliar no processo de aprendizagem, essa monitoria busca promover a convivência entre
alunos de origens diversas, vivenciando o respeito à diversidade cultural, a escuta ativa e a
inclusão acadêmica e social. Em um mundo cada vez mais globalizado, reconhecer e valorizar a
interculturalidade torna-se um passo importante para a formação de cidadãos conscientes,
empáticos e preparados para lidar com diferentes realidades. Contudo, mesmo em ambientes
universitários que prezam pela diversidade, ainda existem barreiras que dificultam a inclusão
plena de estudantes imigrantes ou indígenas. A exclusão acadêmica pode se manifestar de forma
silenciosa, como quando um aluno, por não dominar totalmente o idioma ou não compreender
certos códigos culturais, evita comunicar-se com colegas, por vergonha ou medo de não ser
compreendido. Essa insegurança, somada ao distanciamento social, pode prejudicar seu
desempenho acadêmico e sua saúde emocional. É nesse ponto que a monitoria intercultural
ultrapassa seu caráter acadêmico e torna-se, também, um suporte social. O monitor deve estar
atento aos sinais de que o aluno pode estar enfrentando dificuldades além do conteúdo das
disciplinas. Em situações como essa, o papel do monitor se amplia: ele deve acolher, escutar e
oferecer apoio, tornando-se uma referência de confiança e, muitas vezes, um amigo. Essa relação
de empatia pode ser determinante para que o estudante se sinta parte do ambiente universitário e
recupere sua motivação para estudar e integrar-se. Para estimular a socialização e fortalecer os
vínculos entre os estudantes, é fundamental investir em mecanismos que promovam a
convivência e a troca cultural. Rodas de conversa, grupos de estudo colaborativo, eventos
culturais, oficinas de idiomas, cineclubes e momentos de lazer são estratégias eficazes para
aproximar os alunos, criar laços e combater o isolamento. A universidade, ao incentivar essas
práticas e valorizar a monitoria intercultural, contribui diretamente para uma formação mais
humana, inclusiva e transformadora. 

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Publicado

24-10-2025

Edição

Seção

Ciências Biológicas - Ensino - Campus Erechim