MÚSCULO ESTERNAL BILATERAL: RELATO DE CASO EM DISSECAÇÃO CADAVÉRICA PELA LIGA DE ANATOMIA HUMANA

Autores

  • Yasmin Gabriela Peixoto Universidade Federal da Fronteira Sul
  • Laura de Souza Losekann
  • Fernanda Lourdes Mesquita da Silva
  • Jamerson Fiorentin
  • João Pedro Terres Oliveira
  • Giovana Inês Weber
  • Caroline Da Silva Largura
  • Rafael Kremer

Palavras-chave:

Músculo Esternal, Variação Anatômica , Dissecação, Anatomia Humana, Parede Torácica

Resumo

O músculo esternal representa uma variação anatômica rara e de significativa importância clínica, frequentemente localizado na parede anterior do tórax, superficialmente ao músculo peitoral maior. Seu conhecimento é crucial para profissionais da saúde, visto que, em exames de imagem, pode ser confundido com nodulações ou tumores mamários, levando a diagnósticos equivocados e procedimentos desnecessários, como biópsias. A familiaridade com essa estrutura também permite um plano de dissecção cirúrgica mais adequado, evitando complicações e otimizando o tempo operatório. Este trabalho apresenta um relato de caso de um músculo esternal bilateral, identificado pela Liga de Anatomia Humana durante a dissecação de um cadáver no Laboratório de Anatomia Humana do Campus Passo Fundo da Universidade Federal da Fronteira Sul (UFFS), no segundo semestre de 2024. A Liga de Anatomia Humana, um grupo de estudos de ensino, tem como objetivo principal aprofundar o conhecimento regional em Anatomia Humana e desenvolver habilidades de dissecção em acadêmicos de Medicina. A dissecação seguiu as metodologias padrão para a região torácica. Foi encontrado um cadáver do sexo masculino apresentando a variação muscular bilateralmente, posicionada profundamente à tela subcutânea e sobre as fáscias que recobrem os músculos peitorais maiores. As fixações superiores (origem) localizavam-se na parte clavicular e esternal da fáscia do músculo peitoral maior e no manúbrio do esterno. As fixações inferiores (inserção) foram observadas na parte abdominal da fáscia do músculo peitoral maior, na fáscia do músculo oblíquo externo e na lâmina anterior da bainha do músculo reto do abdome. As fibras musculares apresentavam uma direção oblíqua. A vascularização foi proveniente dos ramos perfurantes dos vasos torácicos internos, e a inervação, dos ramos cutâneos anteriores dos nervos intercostais. A observação e o estudo dessa variação anatômica, como a encontrada, contribuem significativamente para a formação de futuros profissionais da saúde, alinhando-se aos objetivos da Liga de Anatomia Humana de reforçar a integração da teoria com a prática e o aprofundamento do conhecimento tridimensional das estruturas anatômicas. A dissecação cadavérica proporciona um realismo e humanidade únicos, permitindo o reconhecimento de variações anatômicas e o aprimoramento de habilidades manuais essenciais para a prática clínica e cirúrgica. Este relato de caso sublinha a importância de considerar variações anatômicas em diagnóstico por imagem e planejamento cirúrgico, promovendo a formação de profissionais mais críticos, reflexivos e humanistas.

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Publicado

24-10-2025

Edição

Seção

Ciências da Saúde - Ensino - Campus Passo Fundo