SEQUÊNCIA DE ENSINO INVESTIGATIVA SOBRE FÓSSEIS: RELATO DE EXPERIÊNCIA DE UMA ATIVIDADE DESENVOLVIDA PELO PIBID

Autores

  • Aldalice De Melo Universidade Federal da Fronteira Sul
  • Maria Eduarda Honaiser Schaeffer Universidade Federal da Fronteira Sul
  • Claudia Almeida Fioresi Universidade Federal da Fronteira Sul
  • Sandra Maria Wirzbicki Universidade Federal da Fronteira Sul
  • Janice Tubiana

Palavras-chave:

ensino de ciências; Sequência de Ensino Investigativo; fósseis.

Resumo

Uma Sequência de Ensino Investigativa (SEI) consiste em uma forma de organizar o processo de aprendizagem a partir de situações-problema que estimulam os alunos a questionar, levantar hipóteses, experimentar, discutir e construir seus próprios conhecimentos de maneira interativa. Partindo dessa perspectiva, e estimuladas pela proposta de aplicar a abordagem vinculada ao Programa Institucional de Bolsa de Iniciação à Docência (PIBID), planejamos e desenvolvemos uma SEI em aulas de ciências com duas turmas do 6º ano sobre à temática de fósseis. Assim, considerando que uma pergunta-problema é tida como norteadora das atividades, propomos a seguinte pergunta: “O que caracteriza um fóssil?”. Para a resolução do problema os alunos foram desafiados a categorizar fósseis e não fósseis a partir de seus conhecimentos prévios, elaborar argumentos para justificar suas construções e apresentá-las para a turma. Após essa primeira ação, a etapa de sistematização dos conhecimentos foi concretizada em uma aula nos moldes tradicionais, mas ainda assim visando a participação dos estudantes no processo de aprendizagem. Agora, com uma maior bagagem a respeito do conteúdo, a atividade de categorização foi revisitada, estimulando os alunos a examinar de modo crítico o trabalho elaborado anteriormente e realizar as correções necessárias. As avaliações realizadas foram de diagnóstico e, sobretudo, formativas, como a elaboração do quadro “fóssil versus não fóssil”, mapas mentais e fósseis de gesso construídos em uma das turmas. A abordagem utilizada proporcionou o engajamento dos estudantes, que desfrutaram da abertura para fazer diversas perguntas e comentários, passando de meros espectadores à sujeitos protagonistas de seu processo de construção de novos conhecimentos. A experiência também foi de grande valia para as bolsistas pois promoveu uma imersão na realidade da sala de aula e o contato com uma nova metodologia de ensino. Além disso, demais saberes experiencias foram estimulados, como a gestão de sala de aula e a adaptabilidade, visto que os alunos não estão habituados a participar interativamente das aulas, demandando abertura e incentivo por parte das bolsistas, formulando perguntas que levassem-os a raciocinar, assumindo papéis de mediadoras do processo ao invés do corriqueiro papel de “transmissoras” de conhecimento. A experiência reforça a importância do estudo e o potencial de metodologias investigativas no Ensino de Ciências desde a formação inicial docente, ressaltando a necessidade da interlocução entre saberes e práticas.

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Publicado

24-10-2025

Edição

Seção

Ciências Humanas - Ensino - Campus Realeza