A OFICINA “DESVENDANDO UM CRIME” COMO RECURSO DIDÁTICO EM ATIVIDADES DE EXTENSÃO UNIVERSITÁRIA
Palavras-chave:
Extensão Universitária; Aprendizagem Investigativa;Exame Nacional do Ensino Médio (ENEM).Resumo
O presente trabalho aborda sobre a oficina “Desvendando um crime”, desenvolvida no âmbito do projeto de extensão LabENEM da Universidade Federal da Fronteira Sul (UFFS), Campus Cerro Largo. Este trabalho tem como objetivo descrever a organização da oficina, que alia práticas investigativas à revisão de conteúdos exigidos no Exame Nacional do Ensino Médio (ENEM), a atividade busca promover a aprendizagem de conceitos químicos e científicos por meio de uma abordagem lúdica e investigativa, em que estudantes do ensino médio serão convidados a atuar como peritos na resolução de um caso criminal fictício. Alinhada aos princípios da extensão universitária e à proposta pedagógica da Rede Pré-ENEM Fronteira Sul, a oficina tem como propósito democratizar o acesso ao conhecimento científico, despertar o interesse pela Química, estimular o protagonismo estudantil e contribuir para a preparação dos participantes frente às demandas da prova. A organização da oficina teve início com a elaboração de um roteiro, no qual foram definidas as atividades a serem executadas e a forma mais adequada de conduzi-las, de modo a assegurar o engajamento dos estudantes em práticas que despertam atenção e interesse. Para alcançar tal objetivo, procedeu-se à seleção dos experimentos que integrariam o enredo do caso criminal fictício , contemplando tanto conteúdos associados a investigações criminais quanto temas recorrentes no Exame Nacional do Ensino Médio (ENEM). Entre os experimentos escolhidos destaca-se: cromatografia em papel, utilizada para identificar substâncias presentes em balas coloridas; determinação de densidade, aplicada à análise de objetos metálicos e líquidos coletados; revelação e comparação de impressões digitais por meio do processo de sublimação com iodo; e análise com luz ultravioleta (fluorescência), empregada na detecção de vestígios ocultos na cena do crime. Com o roteiro finalizado, a oficina passou a ganhar forma e foi estruturada em etapas sequenciais, de caráter investigativo, com o intuito de reproduzir, de maneira lúdica e científica, os procedimentos de uma perícia criminal. Inicialmente, os estudantes receberão um relato introdutório da ocorrência, no qual são apresentados à cena do crime e às primeiras evidências coletadas, criando um contexto narrativo capaz de despertar sua curiosidade. A partir desse ponto, cada estação de atividades corresponde a uma etapa da investigação, sendo acompanhada de uma questão-problema a ser solucionada que exige a análise crítica das provas e a aplicação de conceitos químicos. Entre os questionamentos propostos, destaca-se: de que natureza é o líquido encontrado em determinada garrafa; a quem pertencia o medalhão localizado próximo à lixeira. Para responder a tais indagações, os discentes realizarão experimentos laboratoriais, cujos resultados servirão como indícios para a resolução do enigma. Essa organização metodológica, fundamentada na problematização e na aprendizagem investigativa, conferirá aos participantes o papel de protagonistas no processo, atribuindo-lhes responsabilidades similares as de peritos criminais. Ao mesmo tempo, espera-se a integração entre conhecimentos científicos, habilidades analíticas e tomada de decisão, contribuindo também para a preparação dos estudantes para o ENEM, ao favorecer a compreensão aplicada dos conteúdos.
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