A IMPORTÂNCIA DAS ÁREAS VERDES URBANAS PARA O BEM-ESTAR E QUALIDADE DE VIDA: UM ESTUDO NO PARQUE ECOLÓGICO LÍVIO DONATTI, EM REALEZA/PR

Autores

  • Raíssa Schwandes Universidade Federal da Fronteira Sul
  • Gabriela Sierota Universidade Federal da Fronteira Sul
  • Adriel Santa Rosa Universidade Federal da Fronteira Sul
  • Nicoly Demin Couto Universidade Federal da Fronteira Sul
  • Gilza Maria de Souza Franco Universidade Federal da Fronteira Sul

Palavras-chave:

Áreas Verdes; Lazer; Natureza; Sustentabilidade; Bem-estar.

Resumo

O estudo realizado no Parque Ecológico Lívio Donatti, localizado no município de Realeza, sudoeste do Paraná, teve como objetivo avaliar o conhecimento da população frequentadora acerca do papel das áreas verdes e dos parques urbanos na promoção do lazer, do bem-estar e, consequentemente, da qualidade de vida. De caráter qualitativo e quantitativo, o estudo foi desenvolvido por meio de questionários anônimos compostos por quinze perguntas de fácil compreensão, a fim de assegurar maior precisão na análise das respostas. Participaram da investigação 97 frequentadores do parque, sendo excluídos da amostra indivíduos menores de 18 anos, transeuntes (pessoas apenas de passagem) e pessoas com deficiência auditiva, devido à ausência de intérprete de Libras na equipe. Os resultados revelaram que a maioria dos participantes associa “áreas verdes e parques urbanos” a elementos como água, árvores, grama, natureza, animais, ar puro, vida, flores, paz, tranquilidade, pássaros, lazer e sombra, o que evidencia a forte relação simbólica e afetiva estabelecida com o espaço, vinculando-o tanto à contemplação da natureza quanto ao descanso e ao convívio social. Em relação às sensações proporcionadas pelo ambiente, os frequentadores relataram sentir-se tranquilos, alegres, em paz, felizes, descansados, livres, relaxados e aliviados, o que demonstra o impacto positivo desses espaços sobre o bem-estar psicológico e emocional, reforçando sua função como ambientes restauradores, capazes de reduzir os efeitos do estresse cotidiano e de promover uma conexão mais saudável entre o indivíduo e a natureza. Além disso, constatou-se que os parques e áreas verdes urbanas receberam nota máxima de importância de 89,6% dos participantes, enquanto em relação aos benefícios ambientais esse índice apresentou ligeira redução, alcançando 80,4%, o que demonstra amplo reconhecimento da população quanto ao valor desses espaços, tanto em sua dimensão social e de lazer quanto em sua contribuição ambiental, ressaltando sua relevância para a qualidade de vida e para a sustentabilidade urbana. No tocante à frequência de uso do parque, verificou-se que 35% dos entrevistados o visitam de duas a três vezes por mês, 33% uma vez ao mês, 7,2% quatro vezes ao mês e 24,6% semanalmente – sendo 15,4% de uma a duas vezes por semana e 9,2% mais de duas vezes por semana. Tais dados evidenciam que, embora exista uma parcela de frequentadores assíduos, a maioria visita o espaço de forma esporádica. As principais motivações apontadas foram o lazer, como passeios e piqueniques, seguido pela busca de contato com a natureza, pela prática de exercícios físicos, esportes e outros motivos não especificados, reforçando a multifuncionalidade dos parques urbanos, capazes de atender a diferentes interesses e necessidades da população. Desse modo, conclui-se que, para os entrevistados, os Parques e Áreas Verdes Urbanas exercem papel relevante não apenas como espaço de lazer, mas também como promotor de saúde, bem-estar e contato com o meio ambiente, evidenciando que a presença de áreas verdes urbanas contribui de forma significativa para a qualidade de vida, desperta sentimentos positivos e fortalece a importância da preservação desses espaços para as comunidades locais.

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Publicado

24-10-2025

Edição

Seção

Ciências Biológicas - Pesquisa - Campus Realeza