UM RELATO DE EXPERIÊNCIA A PARTIR DO ESTÁGIO CURRICULAR NOS ANOS INICIAIS DO ENSINO FUNDAMENTAL

Autores

  • Daniela Alana Pilatti Toniolo Universidade Federal da Fronteira Sul
  • Dr. Katia A. Seganfredo Universidade Federal da Fronteira Sul - UFFS
  • Dr. Maria L. M. Maraschin Universidade Federal da Fronteira Sul - UFFS

Palavras-chave:

Escola; crianças; docência

Resumo

O estudo e a apresentação analítica das reflexões acerca do Estágio curricular supervisionado nos Anos Iniciais do Ensino Fundamental I e II no curso de Pedagogia, campus CH, realizado em uma Escola do Campo em Tempo Integral, sinaliza possibilidades de uma escola distinta e diferenciada. Destaco, desta prática a interlocução, vivências e o processo de ensino-aprendizagem, que marcam uma caminhada fundamental no meu percurso formativo. A importância desse estágio se revelou durante o percurso, entre orientações, vivências significativas, estratégias lúdicas, escuta atenta e percepção da realidade social. O estágio curricular nos permitiu visualizar no cotidiano escolar, a realidade da escola e da sala de aula, assim como, articular a teoria e a prática como processos indissociáveis; além da possibilidade de explorar a criatividade, a inovação e o compromisso ético. Esse exercício apresentou-se como uma oportunidade para compreendermos e analisarmos criticamente o planejamento, as práticas pedagógicas, as metodologias, a didática em sala de aula, o cotidiano do processo educativo a realidade dos educandos. A realização deste estágio foi uma experiência desafiadora para a minha vida acadêmica e pessoal. Durante todo o percurso prático, busquei perceber o planejamento como instrumento reflexivo e flexível, busquei relacionar os conteúdos escolares com a vida cotidiana das crianças e abordá-los de modo interdisciplinar, valorizando a cultura de cada sujeito. Uma questão muito latente durante o meu estágio na turma do 3º ano, foi em relação ao nível da alfabetização e letramento das crianças, pois, durante as aulas, pude observar que algumas crianças se detiveram muito a copiar, queriam mostrar que estavam fazendo a atividade proposta, porém, algumas não sabiam explicar o que haviam copiado; não conseguia interpretar. Vejo isto como uma problemática a ser trabalhada na sala de aula, já que, infelizmente, muitas crianças são alfabetizadas, porém, ao ler, não conseguem interpretar, logo, se não houver estímulos suficientes e um ambiente que propicie o letramento esta se tornará um adulto analfabeto funcional. Como professores, não podemos ignorar essa situação. É nosso dever sermos críticos e atentos para o que realmente importa, saber ouvir, saber observar e saber qual caminho desejamos seguir: transmissão ou transformação? A decisão pode ser pessoal, mas não deixa de ser uma opção política de sua prática docente. Por fim, enfatizo que este significativo estágio tornou-se uma etapa de constantes aprendizados e reflexão, principalmente por possibilitar o contato com a comunidade e com a sala de aula, contribuindo também na identidade do acadêmico. Nesse sentido, cabe destacar que, a construção da identidade profissional é processo contínuo, que acontece desde o início da graduação, perpassa o estágio curricular, o contato com as primeiras experiência em sala de aula, até chegar no dia a dia da profissão docente, é um processo que não tem fim, e que bom! Pois, é sinal que podemos sempre melhorar e estar em constante aperfeiçoamento. A nossa identidade se construirá a partir das vivências da sala de aula e com a teoria que associarmos a nossa prática.

Biografia do Autor

  • Dr. Katia A. Seganfredo, Universidade Federal da Fronteira Sul - UFFS

    Graduação em Pedagogia pela Universidade Federal de Pelotas/RS (2004), Mestrado em Educação pela Universidade Estadual de Londrina/PR (2008) e Doutorado em Educação pela Universidade TUIUTI do Paraná (2014). É Professora na Universidade Federal da Fronteira Sul, campus de Chapecó S/C. Coordenadora do curso de Licenciatura em Pedagogia - UFFS/CH

  • Dr. Maria L. M. Maraschin, Universidade Federal da Fronteira Sul - UFFS

    Possui graduação em Pedagogia pela Faculdade de Filosofia Ciências e Letras de Palmas (1985), mestrado em Educação pela Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (1998) e doutorado em Educação pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (2012). Atuou desde os anos de 1980-2001, como professora da Educação Básica, como professora dos anos iniciais do ensino fundamental, particularmente atuando na alfabetização, nos Anos Iniciais do Ensino Fundamental, no Curso de Magistério r na gestão escolar na Educação Básica, bem como na formação inicial e continuada de professores, focando as especificidades e as singularidades da docência. Na Educação Superior desde (1990) vem atuando em instituições de ensino superior privadas e comunitárias em processos de gestão e na docência com ênfase na Alfabetização, Gestão e avaliação institucional e da Aprendizagem, estágios curriculares, atuando principalmente na formação inicial e continuada de professores. Desde (2011) é professor Associado da Universidade Federal da Fronteira Sul, no Campus Chapecó*SC). Atuou como coordenadora institucional do Pibid (2011-2016) e como coordenadora de área no Curso de Pedagogia(2016-2018) e (2018-2020). Atua na área da alfabetização para os Anos Iniciais do Ensino Fundamental, para Jovens e Adultos, em seminários integradores, na extensão e na pesquisa: ocupa-se da formação inicial e continuada para a Educação Básica e Superior.

Publicado

24-10-2025

Edição

Seção

Ciências Humanas - Ensino - Campus Chapecó