UM RELATO DE EXPERIÊNCIA A PARTIR DO ESTÁGIO CURRICULAR NOS ANOS INICIAIS DO ENSINO FUNDAMENTAL
Palavras-chave:
Escola; crianças; docênciaResumo
O estudo e a apresentação analítica das reflexões acerca do Estágio curricular supervisionado nos Anos Iniciais do Ensino Fundamental I e II no curso de Pedagogia, campus CH, realizado em uma Escola do Campo em Tempo Integral, sinaliza possibilidades de uma escola distinta e diferenciada. Destaco, desta prática a interlocução, vivências e o processo de ensino-aprendizagem, que marcam uma caminhada fundamental no meu percurso formativo. A importância desse estágio se revelou durante o percurso, entre orientações, vivências significativas, estratégias lúdicas, escuta atenta e percepção da realidade social. O estágio curricular nos permitiu visualizar no cotidiano escolar, a realidade da escola e da sala de aula, assim como, articular a teoria e a prática como processos indissociáveis; além da possibilidade de explorar a criatividade, a inovação e o compromisso ético. Esse exercício apresentou-se como uma oportunidade para compreendermos e analisarmos criticamente o planejamento, as práticas pedagógicas, as metodologias, a didática em sala de aula, o cotidiano do processo educativo a realidade dos educandos. A realização deste estágio foi uma experiência desafiadora para a minha vida acadêmica e pessoal. Durante todo o percurso prático, busquei perceber o planejamento como instrumento reflexivo e flexível, busquei relacionar os conteúdos escolares com a vida cotidiana das crianças e abordá-los de modo interdisciplinar, valorizando a cultura de cada sujeito. Uma questão muito latente durante o meu estágio na turma do 3º ano, foi em relação ao nível da alfabetização e letramento das crianças, pois, durante as aulas, pude observar que algumas crianças se detiveram muito a copiar, queriam mostrar que estavam fazendo a atividade proposta, porém, algumas não sabiam explicar o que haviam copiado; não conseguia interpretar. Vejo isto como uma problemática a ser trabalhada na sala de aula, já que, infelizmente, muitas crianças são alfabetizadas, porém, ao ler, não conseguem interpretar, logo, se não houver estímulos suficientes e um ambiente que propicie o letramento esta se tornará um adulto analfabeto funcional. Como professores, não podemos ignorar essa situação. É nosso dever sermos críticos e atentos para o que realmente importa, saber ouvir, saber observar e saber qual caminho desejamos seguir: transmissão ou transformação? A decisão pode ser pessoal, mas não deixa de ser uma opção política de sua prática docente. Por fim, enfatizo que este significativo estágio tornou-se uma etapa de constantes aprendizados e reflexão, principalmente por possibilitar o contato com a comunidade e com a sala de aula, contribuindo também na identidade do acadêmico. Nesse sentido, cabe destacar que, a construção da identidade profissional é processo contínuo, que acontece desde o início da graduação, perpassa o estágio curricular, o contato com as primeiras experiência em sala de aula, até chegar no dia a dia da profissão docente, é um processo que não tem fim, e que bom! Pois, é sinal que podemos sempre melhorar e estar em constante aperfeiçoamento. A nossa identidade se construirá a partir das vivências da sala de aula e com a teoria que associarmos a nossa prática.
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Copyright (c) 2025 Daniela Alana Pilatti Toniolo, Dr. Katia A. Seganfredo, Dr. Maria L. M. Maraschin

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