ENTRE NATUREZA E CIDADE: PROJETO COLABORATIVO PARA REQUALIFICAÇÃO SOCIOAMBIENTAL DE UMA ÁREA URBANA EM ERECHIM, RS.
Palavras-chave:
arquitetura comunitaria, escritorio modelo, projeto colaborativo, preservação ambientalResumo
O projeto de extensão tem como objetivo central a elaboração de um anteprojeto arquitetônico e paisagístico para transformar uma área ociosa localizada no Bairro São Cristóvão em um espaço de lazer, recreação e convivência comunitária. A iniciativa nasce de uma demanda da própria comunidade, que atualmente utiliza o terreno apenas como passagem para acessar a principal avenida da cidade. O espaço, entretanto, carece de infraestrutura adequada e de medidas de preservação, apesar de abrigar uma nascente natural, o que o configura como passivo urbano-ambiental e oportunidade estratégica de transformação. Requalificar esses espaços a partir de processos participativos significa reconhecer a função social da cidade e do espaço urbano, reafirmando princípios de justiça socioespacial, inclusão e sustentabilidade. No caso específico do bairro, a requalificação da área permitirá não apenas preservar o recurso hídrico existente, mas também criar condições seguras para uso coletivo, conciliando conservação ambiental e promoção do bem-estar social. A valorização de elementos naturais urbanos, como nascentes e solos permeáveis, são fundamentais para a biodiversidade, a regulação climática e a mitigação de enchentes. Além disso, a apropriação social do espaço contribui para reduzir o abandono, a violência e os usos inadequados transformando-o em um ambiente educativo e sustentável. O projeto será desenvolvido de forma interdisciplinar e participativa, envolvendo o Escritório Modelo de Arquitetura e Urbanismo (EMAU) e a Empresa Júnior de Engenharia Ambiental da UFFS, além de estudantes de mestrado em Geografia e da graduação em História. Essa diversidade de olhares busca assegurar soluções integradas, nas quais o diálogo entre saberes acadêmicos e comunitários fortalece a legitimidade e a efetividade da intervenção. A metodologia será estruturada em cinco etapas: diagnóstico da área, escuta comunitária, estudos preliminares, elaboração do anteprojeto e devolutiva final. Essa ação extensionista também se alinha aos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) da Agenda 2030 da ONU, em especial o ODS 11 (Cidades e Comunidades Sustentáveis), o ODS 13 (Ação Climática) e o ODS 15 (Vida Terrestre), reforçando o papel das cidades na promoção de ecossistemas urbanos equilibrados. Os resultados esperados incluem a entrega de um anteprojeto de arquitetura e paisagismo, bem como a produção de relatórios técnicos, artigos acadêmicos, materiais gráficos, guias participativos e registros audiovisuais, de modo a disseminar e replicar a experiência em outros contextos. Assim, o projeto consolida-se como uma prática de extensão universitária que articula ensino, pesquisa e ação social, promovendo a transformação de um espaço urbano negligenciado em território de convivência, preservação ambiental e cidadania. Ao aproximar universidade e comunidade, fortalece-se tanto a formação crítica dos estudantes quanto a capacidade coletiva de produzir cidades mais justas, inclusivas e sustentáveis.
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