CULTIVO DE TOMATE CEREJA (Solanum lycopersicum) EM VASOS COM E SEM CÁLCIO FOLIAR

Autores

  • Vitória Barbosa Souza UFFS campus Chapecó
  • Claudia Kulba Sette UFFS Campus Chapecó
  • Claudia Kulba Sette UFFS Campus Chapecó
  • Alexandre Dezanoski UFFS Campus Chapecó
  • Eliandra de Lima UFFS Campus Chapecó
  • Vanderlei Smaniotto UFFS Campus Chapecó
  • Vanessa Neumann Silva UFFS Campus Chapecó

Palavras-chave:

Solanum lycopersicum. Cultivo semi-hidropônico. Adubação foliar.

Resumo

O tomate cereja é uma hortaliça de alto valor agregado, por suas características nutricionais e sensoriais, e a qualidade dos frutos está diretamente relacionada às condições de manejo durante a produção. O cultivo em ambiente protegido pode trazer diversas vantagens, como menor incidência de doenças, menor exposição a estresses climáticos e por consequência melhor qualidade de frutos. O manejo nutricional nesse tipo de sistema é fundamental, e um dos aspectos que necessita atenção é a aplicação de cálcio, pois este nutriente é essencial para a formação dos frutos, e por ser um elemento imóvel nos vasos condutores da planta se faz necessária aplicação via foliar. Desta forma, o objetivo dessa pesquisa foi avaliar o efeito da aplicação foliar de cálcio no desenvolvimento e produção de tomate cereja cultivado em vasos, visando compreender sua influência sobre variáveis vegetativas e produtivas. O experimento foi conduzido em casa de vegetação na UFFS Campus Chapecó, na disciplina de Olericultura, do curso de Agronomia, no semestre 2024/2, entre os meses de setembro a dezembro. Foram utilizados vasos de 8 L preenchidos com substrato MecPlant® e solo em partes iguais. Foram testados dois tratamentos: T1 (sem aplicação de cálcio) e T2 (com  aplicação de cálcio foliar, a partir do surgimento das primeiras flores, aos 28 dias após o transplante – DAT). Cada tratamento contou com dez repetições, e as avaliações ocorreram até 77 DAT, abrangendo altura de plantas, nº de folhas, área foliar, nº de flores, nº de frutos, massa verde e produtividade. A análise estatística (anova e teste de Tukey, p<0,05) revelou que a altura de plantas e o número de folhas não apresentaram diferenças significativas entre tratamentos, sugerindo que a aplicação de cálcio após o florescimento não impactou o crescimento vegetativo. Entretanto, foram observadas diferenças nas variáveis reprodutivas: o tratamento com cálcio apresentou maior número de flores aos 70 DAT, e incremento significativo no número de frutos aos 63, 70 e 77 DAT. Quanto à qualidade e tamanho dos frutos, a aplicação de cálcio proporcionou maior comprimento e diâmetro médio. A produtividade total foi significativamente maior no tratamento com cálcio (1045,18 g/planta) em comparação ao tratamento sem cálcio (716,99 g/planta), representando um incremento de aproximadamente 46%. Além disso, foi constatada menor incidência de podridão apical nas plantas tratadas com cálcio, reforçando seu papel na integridade dos tecidos e na prevenção dessa desordem fisiológica. Os resultados corroboram estudos prévios que destacam a importância do cálcio na germinação do pólen, fixação das flores, fortalecimento da parede celular e absorção de outros nutrientes essenciais. A aplicação foliar de cálcio durante a fase reprodutiva mostrou-se eficaz para aumentar a frutificação e a produtividade de tomate cereja cultivado em vasos, indicando potencial para uso em sistemas protegidos visando frutos de melhor qualidade e maior rendimento. Conclui-se que a aplicação foliar de cálcio tem efeito positivo na fase reprodutiva, sendo recomendada a partir do florescimento para maximizar a produção e qualidade dos frutos de tomate cereja.

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Publicado

24-10-2025

Edição

Seção

Ciências Agrárias - Ensino - Campus Chapecó