EFEITOS DA DENSIDADE DE SEMEADURA NO DESENVOLVIMENTO INICIAL DA AVEIA BRANCA (AVENA SATIVA L.) EM CASA DE VEGETAÇÃO
Palavras-chave:
Avena sativa, Densidade, Manejo, Semeadura, SustentabilidadeResumo
Este estudo foi conduzido em casa de vegetação da Universidade Federal da Fronteira Sul (UFFS), Campus Chapecó - SC, com o objetivo de avaliar o desenvolvimento inicial da cultura da aveia branca (Avena sativa L.), cultivar URS Altiva, em diferentes densidades de semeadura. Foram avaliadas quatro densidades de semeadura (300, 310, 330 e 350 plantas/m²), correspondentes a 18, 19, 20 e 21 plantas por vaso de 14 L, em delineamento inteiramente casualizado, com cinco repetições. As avaliações de emergência de plântulas, altura de plantas, número de folhas foram realizadas aos 14, 21 e 28 dias após a semeadura (DAS), enquanto massa verde de parte aérea e radicular, e comprimento radicular foram mensurados ao retirar as plantas do solo, aos 28 DAS. Os dados foram submetidos à análise de variância e teste de Tukey (p<0,05) utilizando o software SISVAR. Embora não tenham sido observadas diferenças estatísticas significativas entre os tratamentos, algumas tendências relevantes foram verificadas. A emergência de plântulas reduziu gradualmente conforme o aumento da densidade, de 81,9% (300 pl/m²) para 70% (350 pl/m²), sugerindo maior competição inicial por espaço e recursos, dificultando o estabelecimento das plântulas nas maiores densidades. Por outro lado, a altura das plantas aumentou de forma contínua, de 18,30 (300 pl/m²) para valores médios superiores a 22 cm (330 e 350 plantas/m²), comportamento que pode estar associado a respostas fisiológicas fuga ao sombreamento, ainda que em ambiente sem limitação de luminosidade severa. O comprimento radicular também apresentou tendência de aumento, variando de 15,6 cm (300 pl/m²) para 21 cm (350 pl/m²), indicando estratégia de alongamento em profundidade para busca de água e nutrientes em camadas menos competitivas do solo. Até 28 DAS, todas as plantas apresentaram uniformemente quatro folhas, independentemente do tratamento aplicado. A massa da parte aérea mostrou incremento até a densidade de 330 pl/m² (7,91 g), seguido de leve redução em 350 pl/m² (7,02 g), sugerindo possível ponto máximo de alocação de biomassa aérea. Enquanto a massa radicular variou de 5,72 a 8,14 g sem tendência definida, possivelmente devido à variabilidade individual entre plantas ou falhas metodológicas. Conclui-se que, embora não tenham sido observadas diferenças estatísticas significativas, visando a segurança no estabelecimento inicial da cultura, a densidade de 300 pl/m² se mostrou a mais adequada, com maior emergência de plântulas e menor pressão competitiva, podendo contribuir para a redução de desperdícios de insumos e uma produção mais sustentável.
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