DISPONIBILIDADE DE NITROGÊNIO MINERAL NO SOLO EM FUNÇÃO DE DIFERENTES FONTES NITROGENADAS NA CULTURA DO MILHO
Palavras-chave:
Adubação nitrogenada; Inibidor de urease; Nitrato de amônio; Ureia; Zea mays.Resumo
O nitrogênio (N) é essencial para o crescimento e a produtividade das culturas agrícolas, sobretudo do milho (Zea mays). A escolha da fonte adequada e o manejo eficiente da adubação nitrogenada são determinantes para otimizar o aproveitamento do nutriente e reduzir perdas para o ambiente, como a lixiviação de nitrato (NO3⁻) e a volatilização de amônia (NH3). A partir disso, o objetivo do trabalho foi avaliar a disponibilidade de N mineral (nitrato e amônio) no solo com uso de diferentes fontes nitrogenadas na cultura do milho. O experimento foi conduzido nas safras de milho 2022/23, 2023/24 e 2024/25 na área experimental da UFFS, no município de Cerro Largo/RS, sendo composto por quatro tratamentos [sem aplicação, ureia (U), ureia com inibidor de urease (U+NBPT) e nitrato de amônio (NA)], aplicados em cobertura (estádio V5) na dose de 150 kg ha-1 de N nas duas primeiras safras e 120 kg ha-1 de N na última. O delineamento utilizado foi o de blocos casualizados, com quatro repetições. Durante o desenvolvimento da cultura, foram avaliados e quantificados os teores de N mineral no solo através de periódicas coletas de solo da camada 0-10 cm, com duas subamostras por parcela, coletadas através de trado calador. O método utilizado para a realização da análise de nitrato (NO3⁻) e amônio (NH4+) foi o de Kjeldahl a partir da extração com KCl 1M. A aplicação das fontes nitrogenadas promoveu o aumento dos teores de N mineral no solo (NO₃⁻ + NH₄⁺) nas três safras, com maior disponibilidade observada nos primeiros 20 dias após a adubação de cobertura. Embora os teores médios de N mineral tenham sido semelhantes entre as fontes ao longo dos cultivos, verificou-se que, nas duas primeiras semanas após a aplicação, o tratamento com NA apresentou maiores teores de NO₃⁻ (29,0; 40,7 e 55,8 mg dm⁻³ nas safras de 2022/23, 2023/24 e 2024/25, respectivamente) em relação à U (6,7; 24,7 e 49,1 mg dm⁻³) e à U+NBPT (5,3; 27,0 e 39,5 mg dm⁻³), enquanto U e U+NBPT resultaram em maiores concentrações de NH₄⁺. Na média dos três anos, os teores de N mineral não diferiram entre as fontes (42,1 mg dm⁻³), mas superaram significativamente o tratamento sem aplicação de N (11,0 mg dm⁻³), segundo o teste de Tukey a 5% de significância. Esses resultados indicam que todas as fontes de N avaliadas foram eficientes em aumentar a disponibilidade de N no solo, sem diferenças significativas entre si.
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