FORMAÇÃO DOCENTE E COMBATE À DESINFORMAÇÃO: EXPERIÊNCIAS NO PIBID COM USO CRÍTICO DE FERRAMENTAS DIGITAIS
Palavras-chave:
PIBID, Inteligência Artificial, Ensino de História, Combate a desinformação, Formação DocenteResumo
No contexto educacional, o combate à desinformação é um desafio que atravessa as práticas pedagógicas e ressalta a necessidade de um ensino pautado pela análise crítica de fontes e pelo uso ético das técnologias digitais. Pretendeu-se analisar como o Programa Institucional de Bolsas de Iniciação à Docência (PIBID) contribui para o desenvovimento de práticas voltadas ao enfrentamento da desinformação no Ensino de História. Atividades foram realizadas em turmas do 9° ano do ensino fundamental, na Escola de Educação Básica Tancredo de Almeida Neves, envolvendo observações, elaboração de planos de aula e propostas didáticas com utilização de recursos digitais, como os celulares. Durante a realização de uma atividade proposta para os alunos, que demandava pesquisa online, observou-se que eles recorriam às primeiras informações disponíveis em recursos de busca, e em alguns casos, ao uso de inteligências artificiais, muitas vezes sem a devida análise crítica ou verificação da confiabilidade das fontes. Essas constatações deixam evidente a fragilidade e a dificuldade dos estudantes em realizar pesquisas e verificar a confiabilidade e a veracidade das fontes. Nesse processo, é notável que o papel do professor se destaca como mediador essencial, orientando quanto ao uso crítico das ferramentas digitais, em consonância com a BNCC, que reforça a importância do desenvolvimento do pensamento crítico e do uso responsável das tecnologias. As experiências no âmbito do PIBID também evidenciam a relevância da atuação do professor supervisor e do coordenador na mediação e reflexão sobre a prática docente, destacando que a formação inicial de professores deve contemplar também estratégias para propagar a circulação de informações corretas e baseadas em fundamentos teóricos veridicos e válidos para enfrentar a circulação de informações incorretas. Conclui-se que a proibição do uso de aparelhos digitais, como previsto em legislações federais e estaduais, não se mostra sufuciente para combater a desinformação, se tornando necessário a orientação para o uso ético e crítico das ferramentas tecnológicas, integrando-as ao processo de ensino e aprendizagem. A vivência no PIBID, nesse sentido, contribui de forma significativa para a formação docente, preparando futuros professores para atuar de modo crítico e consciente diante do cenário contemporâneo marcado pela desinformação digital.
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