A RELEVÂNCIA DA EDUCAÇÃO EM SAÚDE PARA CRIANÇAS E ADOLESCENTES: RELATO DE EXPERIÊNCIA EM PROJETO DE EXTENSÃO

Resumo

A extensão universitária desempenha um papel essencial na formação em saúde ao aproximar a universidade da comunidade, promovendo a troca de saberes e possibilitando a aplicação prática do conhecimento científico. No campo da saúde, projetos voltados para crianças e adolescentes possuem relevância especial, uma vez que, nesses períodos do desenvolvimento humano, se formam hábitos e comportamentos capazes de influenciar o bem-estar físico, mental e social ao longo da vida. Nesse contexto, este trabalho tem como objetivo ressaltar a importância do projeto de extensão “Educação em Saúde para Promoção do Cuidado Integral e Bem-Estar de Crianças e Adolescentes” para a comunidade e para a formação acadêmica dos estudantes envolvidos. Trata-se de um relato de experiência das ações desenvolvidas na ONG Verde Vida, em Chapecó, por meio de rodas de conversa, dinâmicas, jogos educativos e atividades lúdicas, abordando temas como higiene, prevenção de doenças, incentivo a hábitos de vida saudáveis e valorização do autocuidado. As experiências vivenciadas evidenciaram que metodologias ativas e dinâmicas favorecem a participação e o interesse de crianças e adolescentes, que se mostraram engajados e receptivos às práticas de promoção à saúde. Observou-se, ainda, que as atividades estimularam a reflexão crítica dos participantes sobre suas escolhas cotidianas e o impacto destas em sua qualidade de vida, fortalecendo a construção de uma consciência mais ampla sobre saúde e bem-estar. Outro ponto de destaque foi a oportunidade de desenvolvimento para os acadêmicos envolvidos, que puderam exercitar habilidades de comunicação, trabalho em equipe, planejamento, escuta ativa e responsabilidade social, compreendendo o papel do profissional de saúde não apenas na assistência, mas também na prevenção e na promoção da saúde coletiva. Além disso, a vivência proporcionada pelo projeto reforçou a importância da integração entre teoria e prática no processo formativo, mostrando que a formação médica vai além do domínio técnico, exigindo também empatia, sensibilidade e capacidade de compreender as diferentes realidades sociais e culturais determinantes no processo saúde-doença das populações, as quais permeiam o cuidado em saúde e o autocuidado. Conclui-se que o projeto se mostrou uma estratégia eficaz para promover hábitos saudáveis desde a infância e adolescência, fortalecendo o vínculo entre universidade e sociedade e reafirmando o papel social da universidade na promoção do cuidado integral e da saúde coletiva.