DESAFIOS DA DOCÊNCIA EM CENÁRIOS DE PRECARIZAÇÃO ESCOLAR
Palavras-chave:
Educação; , docência; , saúde mental;, precarização.Resumo
O presente resumo tem como objetivo apresentar conhecimentos produzidos a partir dos debates realizados durante o Programa Institucional de Bolsas de Iniciação à Docência (PIBID) da graduação em História da UFFS - Campus Erechim. Nesse módulo, estiveram em pauta reflexões sobre a escola na era do capitalismo cognitivo e da modernidade líquida (Saraiva & Veiga-Neto, 2009), a ação docente (Freire, 1996; Libâneo, 2011) e as interseções entre cinema, História, sociedade e educação. A metodologia adotada pautou-se na abordagem qualitativa, baseada em estudo teórico sobre a docência, buscando refletir sobre uma educação crítica e emancipadora, além da análise do filme O Substituto (2011), dirigido por Tony Kaye, como instrumento para compreender o atual cenário educacional. Nesse sentido, Saraiva e Veiga-Neto (2009) discutem o capitalismo cognitivo e as transformações sociais que impactam a escola, a aprendizagem e a docência, destacando a fragmentação do tempo escolar e a precarização do trabalho docente. De forma complementar, Libâneo (2011) critica a visão tecnicista e neoliberal, defendendo a necessidade de repensar a escola e de reconhecer o professor como indispensável nesse processo, em consonância com Freire (1996), que entende o docente como sujeito em constante construção. Nesse contexto, Santina e Molina Neto (2005) analisaram experiências docentes marcadas por estresse, ansiedade e depressão, demonstrando que a Síndrome do Esgotamento Profissional resulta de sobrecarga, más condições estruturais, insegurança e falta de apoio institucional. O filme O Substituto reforça essa discussão ao denunciar a precarização da escola contemporânea e o esgotamento docente, trazendo ainda tabus como depressão, suicídio, abandono familiar e violência. Essa realidade aproxima-se do contexto brasileiro descrito por Ramos e Fernanda (2023), que destacam a sobrecarga de trabalho e a ausência de políticas públicas eficazes. Assim, percebe-se que as mudanças sociais impactam diretamente a educação e o trabalho docente, exigindo práticas humanizadas e emancipadoras, mas também políticas públicas consistentes, formação crítica e ação coletiva entre Estado, sociedade, comunidade escolar, famílias e alunos, a fim de transformar a escola em um espaço mais justo, acolhedor e emancipador.
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