RISCO SANITÁRIO EM ESCOLAS RURAIS DA REDE MUNICIPAL DE CIDADES DO SUDOESTE E OESTE DO PARANÁ
Palavras-chave:
Checklist; Boas Práticas; Higiênico-sanitário.Resumo
A segurança alimentar depende da aplicação de Boas Práticas de Fabricação (BPF), que garantem a qualidade higiênico-sanitária dos alimentos desde a seleção até o consumo. No Brasil, existem diretrizes específicas que padronizam e definem as condições higiênico-sanitárias de cozinhas. Essas orientações são fundamentais no âmbito da alimentação escolar, especialmente em escolas rurais, onde deve-se assegurar o aporte nutricional, pois muitas vezes a refeição oferecida é a principal do dia. Portanto, o presente estudo teve como objetivo assegurar o cumprimento das normas vigentes e a segurança sanitária. Para isso, o Projeto de Extensão “Capacitanutri: Ações Educativas Sobre Boas Práticas e Manipulação de Alimentos” realizou a aplicação de um checklist em oito escolas rurais da rede municipal, distribuídas em três municípios do sudoeste e oeste do Paraná. A avaliação foi conduzida por meio da aplicação do checklist produzido pelo Centro Colaborador em Alimentação e Nutrição Escolar (CECANE) composto por 112 itens distribuídos em seis categorias: Edifícios e Instalações da Área de Preparo de Alimentos, Equipamentos para Temperatura Controlada, Manipuladores, Recebimento, Processos e Produções e Higienização Ambiental. As informações para o preenchimento foram obtidas por meio de observação direta do local e de perguntas direcionadas ao responsável pelo setor. Cada item poderia receber três tipos de respostas: “SIM”, quando atendia as exigências; “NÃO”, quando estava em desacordo; e “NÃO SE APLICA”, quando a norma não era pertinente ao contexto avaliado. Os dados coletados foram organizados e analisados no programa “Manual de Boas Práticas". Analisando o risco sanitário dos locais, o percentual de adequação será classificado em um dos 5 grupos, “RISCO MUITO ALTO” pontuação de 0 a 25%, “RISCO ALTO” de 26 a 50%, “RISCO REGULAR” de 51 a 75%, “RISCO BAIXO” de 76 a 90% e “RISCO MUITO BAIXO” de 90 a 100% de adequação. O treinamento ocorreu após a verificação do checklist, foram utilizados materiais visuais e expositivos para apresentar os principais pontos observados, além de explicar quais aspectos deveriam ser reforçados e melhorados. Os resultados finais foram obtidos a partir do cálculo da média da soma dos 5 itens avaliados anteriormente e divido pela quantidade de escolas em cada município. A aplicação da lista de verificação possibilitou identificar o nível de conformidade higiênico-sanitária das escolas avaliadas, os resultados evidenciaram que o município A ficou com uma média de 84,20% e o município C com 88,45%, ambos apresentaram risco sanitário baixo, enquanto o município B com 68,70% obteve classificação de risco sanitário regular. Esses achados reforçam a importância da adoção das boas práticas de manipulação e do monitoramento contínuo das condições de preparo e distribuição das refeições escolares, especialmente no contexto das escolas rurais.
Downloads
Publicado
Edição
Seção
Licença
Copyright (c) 2025 Caroline Maria Dutkievicz, Dariele Fátima Kozikoski, Elis Carolina de Souza Fatel, Jucieli Weber, Julia Oliveira Penteado, Mayara Pryscila Borsa, Élister Lílian Brum Balestrin Fanin, Carla Cristina Pizatto

Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution-NonCommercial 4.0 International License.
Submeto o trabalho apresentado como texto original à Comissão Editorial do XIII SEPE e concordo que os direitos autorais, a ele referente, se torne propriedade do Anais do XIII SEPE da UFFS.

