RISCO SANITÁRIO EM ESCOLAS RURAIS DA REDE MUNICIPAL DE CIDADES DO SUDOESTE E OESTE DO PARANÁ

Autores

  • Caroline Maria Dutkievicz UFFS
  • Dariele Fátima Kozikoski
  • Elis Carolina de Souza Fatel
  • Jucieli Weber
  • Julia Oliveira Penteado
  • Mayara Pryscila Borsa
  • Élister Lílian Brum Balestrin Fanin
  • Carla Cristina Pizatto

Palavras-chave:

Checklist; Boas Práticas; Higiênico-sanitário.

Resumo

A segurança alimentar depende da aplicação de Boas Práticas de Fabricação (BPF), que garantem a qualidade higiênico-sanitária dos alimentos desde a seleção até o consumo. No Brasil, existem diretrizes específicas que padronizam e definem as condições higiênico-sanitárias de cozinhas. Essas orientações são fundamentais no âmbito da alimentação escolar, especialmente em escolas rurais, onde deve-se assegurar o aporte nutricional, pois muitas vezes a refeição oferecida é a principal do dia. Portanto, o presente estudo teve como objetivo assegurar o cumprimento das normas vigentes e a segurança sanitária. Para isso, o Projeto de Extensão “Capacitanutri: Ações Educativas Sobre Boas Práticas e Manipulação de Alimentos” realizou a aplicação de um checklist em oito escolas rurais da rede municipal, distribuídas em três municípios do sudoeste e oeste do Paraná. A avaliação foi conduzida por meio da aplicação do checklist produzido pelo Centro Colaborador em Alimentação e Nutrição Escolar (CECANE) composto por 112 itens distribuídos em seis categorias: Edifícios e Instalações da Área de Preparo de Alimentos, Equipamentos para Temperatura Controlada, Manipuladores, Recebimento, Processos e Produções e Higienização Ambiental. As informações para o preenchimento foram obtidas por meio de observação direta do local e de perguntas direcionadas ao responsável pelo setor. Cada item poderia receber três tipos de respostas: “SIM”, quando atendia as exigências; “NÃO”, quando estava em desacordo; e “NÃO SE APLICA”, quando a norma não era pertinente ao contexto avaliado. Os dados coletados foram organizados e analisados no programa “Manual de Boas Práticas".  Analisando o risco sanitário dos locais, o percentual de adequação será classificado em um dos 5 grupos, “RISCO MUITO ALTO” pontuação de 0 a 25%, “RISCO ALTO” de 26 a 50%, “RISCO REGULAR” de 51 a 75%, “RISCO BAIXO” de 76 a 90% e “RISCO MUITO BAIXO” de 90 a 100% de adequação. O treinamento ocorreu após a verificação do checklist, foram utilizados materiais visuais e expositivos para apresentar os principais pontos observados, além de explicar quais aspectos deveriam ser reforçados e melhorados. Os resultados finais foram obtidos a partir do cálculo da média da soma dos 5 itens avaliados anteriormente e divido pela quantidade de escolas em cada município. A aplicação da lista de verificação possibilitou identificar o nível de conformidade higiênico-sanitária das escolas avaliadas, os resultados evidenciaram que o município A ficou com uma média de 84,20% e o município C com 88,45%, ambos apresentaram risco sanitário baixo, enquanto o município B com 68,70% obteve classificação de risco sanitário regular. Esses achados reforçam a importância da adoção das boas práticas de manipulação e do monitoramento contínuo das condições de preparo e distribuição das refeições escolares, especialmente no contexto das escolas rurais.

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Publicado

24-10-2025

Edição

Seção

Ciências da Saúde - Extensão & Cultura - Campus Realeza