A POLÍTICA DE SAÚDE DA PESSOA IDOSA NA PRÁTICA: ANÁLISE A PARTIR DEENTREVISTAS COM IDOSOS EM PASSO FUNDO - RS
Palavras-chave:
Atenção Primária , Saúde do Idoso, Envelhecimento, Saúde ColetivaResumo
Durante as atividades do componente curricular de Saúde Coletiva IV, do curso de Medicina da Universidade Federal da Fronteira Sul (UFFS), Campus Passo Fundo, foi realizada uma experiência prática com foco na aplicabilidade da Política Nacional de Saúde da Pessoa Idosa (PNSPI), instituída em 2006. O estudo baseou-se na aplicação de um questionário, por meio da visita domiciliar, a 27 idosos da comunidade, avaliando aspectos sociodemográficos, hábitos de vida, saúde mental, capacidade funcional e uso dos serviços de saúde pública. A análise dos
dados revelou que a maioria dos idosos utiliza regularmente os serviços do Sistema Único de Saúde (SUS), especialmente por meio da Atenção Primária à Saúde (APS), que representa a principal porta de entrada e cuidado contínuo. A Estratégia Saúde da Família se destaca como
fundamental nesse processo, oferecendo consultas, acompanhamento de doenças crônicas, vacinação, medicamentos e orientações em saúde. Observou-se uma alta prevalência de comorbidades e alterações psicológicas entre os idosos, como ansiedade e sintomas
depressivos. A aplicação da Caderneta da Pessoa Idosa e das visitas domiciliares permitiu identificar situações de dependência, histórico de quedas e sobrecarga dos cuidadores. Ferramentas como o Programa Melhor em Casa e os Núcleos de Apoio à Saúde da Família (NASF) se mostraram essenciais na reabilitação e apoio integral ao idoso. Apesar da existência de programas e diretrizes, constatou-se baixa participação dos idosos em grupos de promoção da saúde, como oficinas de memória e grupos de caminhada, além de dificuldades no acesso a serviços especializados, como fisioterapia e saúde mental. Fatores como barreiras físicas, sociais e econômicas contribuem para essa limitação. Conclui-se que, embora a PNSPI ofereça diretrizes robustas e abrangentes, sua implementação ainda enfrenta desafios relacionados à capacitação profissional, desigualdade no acesso aos serviços e escassez de recursos. A
experiência reforça a importância da APS como eixo central no cuidado do idoso, promovendo o envelhecimento saudável, a autonomia e a qualidade de vida.
Downloads
Publicado
Edição
Seção
Licença
Copyright (c) 2025 Cássio Comparin, Larissa Oliveira, Raquel Ferreira, Tainá Moraes, Alessandra Regina Müller Germani

Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution-NonCommercial 4.0 International License.

