TRAÇOS DA TERRA: GRAFISMOS INDÍGENAS NA UFFS
Palavras-chave:
povos indígenas; diversidade; grafismo indígena.Resumo
A presença de estudantes indígenas na Universidade Federal da Fronteira Sul (UFFS) constitui um marco fundamental na construção de uma instituição plural, inclusiva e comprometida com a diversidade cultural e social, e, nesse contexto, os grafismos indígenas se apresentam como formas visuais de expressão identitária que comunicam histórias, modos de vida e pertencimento, constituindo um patrimônio cultural que resiste no cotidiano acadêmico. Reconhecendo esse valor simbólico, o projeto de Cultura “Traços da Terra” surge como uma iniciativa voltada à valorização dos saberes ancestrais, promovendo a visibilidade das culturas indígenas por meio da arte e do diálogo intercultural. O projeto tem como objetivo geral valorizar a diversidade étnica dos estudantes indígenas da UFFS por meio do entendimento dos grafismos tradicionais enquanto expressão cultural, identidade e resistência, estabelecendo ainda como objetivos específicos a realização de oficinas e rodas de conversa que articulem estudantes indígenas e comunidade acadêmica, o estímulo ao protagonismo indígena na produção e no compartilhamento de saberes, o desenvolvimento de intervenções artísticas com grafismos nos espaços da universidade, a documentação e divulgação dos processos e resultados em formato digital e físico e, finalmente, a contribuição para a consolidação de uma cultura universitária mais inclusiva, intercultural e sensível à diversidade étnica. A justificativa do projeto parte do reconhecimento de que, em um cenário marcado pela invisibilização dos Povos indígenas e por apagamentos simbólicos históricos, é importante fortalecer a presença e a visibilidade destes Povos em espaços institucionais, e a UFFS, ao acolher estudantes de diferentes etnias, possui o potencial de construir pontes entre conhecimentos tradicionais e acadêmicos. Nesse sentido, o projeto “Traços da Terra” busca promover a visibilidade das culturas indígenas no espaço acadêmico, contribuindo para a valorização da diversidade, o combate ao preconceito e a construção de uma universidade mais equitativa. Ao articular educação, arte e cultura, a iniciativa se configura como uma ferramenta de transformação social que fortalece a identidade indígena e amplia o diálogo intercultural. Assim, não apenas valoriza os saberes ancestrais, mas também reafirma a universidade como espaço de convivência e de construção coletiva do conhecimento.
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